quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

0-194 – ESTUDOS de ARTE

PENSADORES das ARTES VISUAIS
 SUL-RIO-GRANDENSES.
André da Rocha como pensador e Olinto como orientador - Mural de Aldo  Locatelli. do CONSUN UFRGS 1958
Fig. 00 –   No mural que preside as reuniões do Conselho Universitário da UFRGS figura o Desembargador Manuela André da ROCHA - com a toga e barrete de primeiro reitor desta universidade - e com toga vermelha de pé Olinto Olímpio de OLIVEIRA  o fundador do Instituto de Artes. Ambos foram pensadores do campo das artes em Porto Alegre. André da Rocha foi vice-presidente e presidente eleito do Instituto de Artes do Rio Grande do Sul

O mundo dos pensamentos, das cogitações e das concepções é o mundo ideal e é sempre perfeito em si mesmo. Nas artes visuais não é diferente.  O fazer prático dos sentidos humanos é acompanhado pela luz dos ideais estéticos, pelo halo das cogitações e dos pensamentos emanado dos projetos estéticos. Leonardo da Vinci vinculou intimamente este mudo pratico do agir com o pensamento na sua sentença: “a pintura é uma coisa mental”.
Evidente que os dois possuem sua autonomia entre si. Carlos Scarinci dizia que “é possível escrever um tratado de estética sem nunca se deter sobre uma obra física resultante do fazer artístico”.
O artista visa, no seu agir e fazer prático, a “torcida” do espectador. Espectador especula sobre aquilo que ele  percebe nas obras de arte. Os pensadores traduzem os significados do fazer artístico. Esta tradução busca produzir vínculos entre o grupo de dentro das artes com o grupo de fora. Assim um pensador materializa as suas ideias, convicções e certezas - relativas à obra do artista - por meio de argumentos.  Argumentos que operam como pontes para abrir, ao espectador, o acesso às  experiências sensoriais da obra de arte.
Uma grande proporção de produtores de  artes estão sentido que produzem para os seus concorrentes, expõem para os já convertidos e restringem terrivelmente o circulo do seu poder estético. Os pensadores estabelecem vínculos externos com aqueles do grupo externo aos produtores da arte. Há também evidentes riscos de fraudes, corrupções e meias verdades neste processo de mediação pelo verbo, imagem e narrativas.
O pensador possui também uma DIMENSÂO AUTORIAL para o seu LUGAR, para o seu TEMPO e para a sua SOCIEDADE.  Assim o pensador das ARTES VISUAIS também reivindica a sua AUTONOMIA na medida que ele trabalha na AUTORIA e na CRIAÇÂO esta interações
A AUTORIA e na CRIAÇÂO - desta interação e mediação -é realizada por meio da palavra, imagem e narrativa. A narrativa, a imagem e a palavra  buscam formas de interação entre o fazer do artista e pensar do seus observadores. O verbo é elo com a obra de arte. A palavra orienta o olhar, o ouvir e o sentir as sensações estéticas. De outra parte a PALAVRA é presidiária da entropia e do desgaste comandado pelo seu uso e pelo tempo e moda. A palavra constrói narrativas cuja vigência é delimitada pela língua nativa, pelo seu tempo, lugar e sociedade. A história é construída e se torna sensível por meio de narrativas, Porém nem todas as narrativas são História pelo fato de serem narrativas.
A mediação entre a obra de arte e o verbo é realizada pela palavra  que busca formas de interação entre o fazer do artista e pensar do seus observadores. A palavra orientam o olhar, o ouvir  e o sentir as sensações estéticas. De outra parte a PALAVRA é presidiária da entropia e do desgaste comandado pelo seu uso e pelo tempo e moda. A palavra constrói narrativas cuja vigência é delimitada pela língua nativa, pelo seu tempo, lugar e sociedade. A história é construída e se torna sensível por meio de narrativas, Porém nem todas as narrativas são História pelo fato de serem narrativas.
Seguem alguns nomes e obras de pensadores das artes visuais sul-rio-grandenses e que já não estão entre nós. O que permaneceu é o seu pensamento. Pensamento que esteve na origem de  instituições, de cursos superiores e de empresas que estão ainda vivas e ativas no século XXI. Pensamento que permanece vivo e ativo na medida em ele expressa o seu TEMPO, a sua SOCIEDADE e o seu LUGAR. A presente narrativa possui como foco como, quando e com quem pesquisaram, produziram e divulgaram o seu pensamento. Certamente devem muito à ATUALIZAÇÃO das suas inteligências que fizeram em culturas estranhas. Mas o limite, que se coloca no presente texto, é a PESQUISA ESTÈTCA que lhes foi possível nas suas circunstâncias. Em contrapartida este pensamento é índice precioso e documento de sua SOCIEDADE, seu TEMPO e o seu LUGAR. O seu pensamento se ancorou, desenvolveu e projetou sobre algo que possui o dom de ser o máximo expresso no mínimo material da obra de arte.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS e NUMÉRICAS DIGITAIS.

Na falta de uma obra bibliográfica ou numérica digital específica e abrangente em relação ao conjunto destes pensadores das artes sul-rio-grandenses há necessidade de buscar este conjunto nas fontes especificas de cada pensador individual. Ali ocorre o contrário: dificilmente é possível uma visão total da produção intelectual de um dos 14 pensadores selecionados. Assim se oferece uma pequena amostra das suas obras teóricas e conceituais que deverão ser completadas na medida em que se estuda o pensamento deste teórico. 

PROJETO 2017 da AAMARGS
O estudo e a pesquisa, do pensamento das 14 personalidades  selecionadas, constituem  uma proposta para os encontros do segundo semestre de 2017 do grupo de pesquisadores da Associação de Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (AAMARGS). O primeiro semestre é destinado às pesquisas da produção intelectual das 14 personalidades das quais se apresenta, a seguir,  um pequeno sumário.
Fig. 01 –   O pensamento do  médico pediatra Olympio Olinto de Oliveira era motivado pelas Ciências e pelas Artes conforme suas próprias palavras. O seu pensamento e seu amor pelas Artes Visuais  aparecem nos seus textos uma década antes da criação do Instituto de Belas Artes  do Rio Grande do Sul. Ele foi a alma e uma direção segura para esta instituição da qual presidente de 1908 até 1920.  Como bom pediatra acompanhou e aconselhou, do seu posto do Ministério de Educação PÚblica, a adolescência e a afirmação definitiva desta instituição voltada para as Artes

Olinto Olympio de OLIVEIRA (1866-1956)

O grande mérito do médico pediatra Olympio Olinto de Oliveira para a Arte sul-rio-grandense, foi o de estabelecer sólidas e duráveis pontes entre o grupo de dentro das artes com a sociedade. Para tanto se valeu do pensamento escrito e o seu exemplo pessoal de profundas convicções dos meios institucionais.
O primeiro cronista e critico de artes do Correio do Povo, o planejador e efetiva ação na Academia de Letras do Rio Grande do Sul[1], fundador de um Instituto de Artes em 1897 e daquele criado em 22 de abril de 1908 do qual efetivo diretor e orientador até 1920. Três destas  instituições originadas do pensamento de Olinto de Oliveira continuam em plena atividade em Porto Alegre no inicio do século XXI: o Instituto de Artes, a Faculdade de Medicina e a Academia Sul-Rio-Grandense de Letras.
O seu pensamento e suas seguras narrativas confluíram para o esboço da Universidade Brasileira que se tornou realidade em 1931. Contava a sua experiência na Direção da Faculdade de Medicina de Porto Alegre, do Instituto de Artes e a sua ação na Letras. O âmbito do Ministério da Educação e Saúde Publica (MESP) forneceu-lhe a oportunidade e as possibilidades para expandir para toda nação brasileira toda a sua sensibilidade, sua inteligência e o seu dinamismo. Entre estas estava a implementação da Universidade Brasileira e politica da assistência à saúde Infanto-Materna

Outros dados: Em 1881 vai ao Rio de Janeiro estudar Medicina com tese de doutorado em Pediatria
Em 1886 conclui  o curso e retorna a Porto Alegre.
No dia 01.10.1895 participa da fundação do Correio do Povo. Foi  o seu  cronista de arte assinando com pseudônimo de Maurício BÖEHM[2].
Em 1896 ajuda a criar o Instituto Musical de Porto Alegre do qual elabora os estatutos
Em 1897 funda o Clube Haydn como substituto do Instituto Musical de Porto Alegre
Foi um dos fundadores da Faculdade de Medicina de Porto Alegre no dia 25.07.1898
Fundou a Academia Rio-grandense de Letras em 01.12.1901
É paraninfo da 1ª turma da Faculdade de Medicina em 1904.
Diretor da Faculdade de Medicina de 1910 até 1911
 Cria os Institutos Pasteur e Oswaldo Cruz em Porto Alegre
Em 1929 é um dos opinam sobre a Universidade no inquérito da AEB coordenada por F. Laboriau
Em 1931 é encarregado da Saúde Infantil na Ministério de Educação e Saúde Pública
Em 24.07.1949 é homenageado pela Faculdade de Medicina pelo cinquentenário da fundação

Relação com o IA: um dos 25 membros da Comissão Central fundadores de Instituto de Belas Artes
Primeiro presidente da diretoria da Comissão Central  de  22.04.1908 até 30.04.1920
Fez funcionar, no dia 05.07.1909, o Conservatório de Música sob a direção de Araújo Vianna
Sob a direção de Libindo Ferrás faz funcionar, em 02.03.1910, a Escola de Artes
Em 1909 aluga e, em 1913,  compra o prédio alugado pelo Instituto que fezz reformar em 1914

FONTES BIBLIOGRÀFICAS

Anais da Faculdade de Medicina de Porto Alegre. Porto Alegre: Globo  Jan. dez, 1948  66 p. il. Fotos

Boletim do Ministério de educação e Saúde Pública. Rio de Janeiro Ano i nºs 1 e 2  1931 –  última capa externa

Correio do Povo. Porto Alegre. 1895-1920: destaque para dia 20.10.1898  05.11.1898 (distingue positivismo de comtismo)[3]

DAMASCENO, Athos. Artes plásticas no Rio Grande do Sul. Porto Alegre : Globo. 1971 pp. 444/9.

FIGUEIREDO, Gastão et alii. Olinto de Oliveira: politantéia. Rio de Janeiro : IBGE. 1953. 110 p.

GONÇALVES VIANNA (Raymundo).Olinto de Oliveira. Porto Alegre: Globo,1945. 161p.

NAGLE, Jorge.  Educação e sociedade na Primeira República. São Paulo: EPU 1976.  

OLIVEIRA, Olinto de.  Relatórios de 1909 a 1912 do Instituto de Bellas Artes  do Rio Grande Sul apresentados pelo Presidente Dr. Olinto de   Oliveira. Porto Alegre: Globo, 1912. 41 p. + estatísticas

RODRIGUES, Cláudia Maria Leal.  Institucionalizando o ofício de ensinar: um estudo         histórico sobre a educação musical em Porto Alegre (1877-1918). Porto Alegre: Departamento de Música IA-UFRGS, dissertação,  2000. 236 fls[4]
SOUZA CAMPOS, Ernesto. Educação Superior no Brasil. Rio de Janeiro: MEC. 1940.  611 p  --  Olinto: pp. 287/8

 ------------------------- História da Universidade de São Paulo. São Paulo : USP, 1954, 582 p    - Olinto: p. 85

SOUZA NEVES, Carlos de.  Ensino superior no Brasil.   Rio de Janeiro : MEC-INEP          4v. 1969, 400p.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
OLINTO DIRETOR da MEDICINA


ORIGENS do INSTITUTO de ARTES da UFRGS


[1] ELVO CLEMENTE « 95 anos de Academia» in Correio do Povo. Porto Alegre, ano 102, no  66, p.4, dia 05.12.1996

[2] - OLINTO de OLIVEIRA _ MAURÍCIO BOEHM http://www.polbr.med.br/ano11/wal0511.php

[3] A maioria dos artigos do Correio do Povo, assinados por Maurício Bœhm, tem por tema a Música. Entre as crônicas relativas as artes visuais, recuperadas pela pesquisadora Cláudia Maria Rodrigues, podem ser citados ‘Romualdo Prati’(12.07.1896) ‘Litran’(20.11.1896), ‘Libindo Ferrás’(13.02.1897, ‘Bellas Artes – Pedro Weingärtner’( Domingo 03.07.1898) e ‘Pedro Weingärtner’ (11.12.1898). Uma noticia sobre uma escola e uma pinacoteca em Curitiba sob o título ‘Bellas Artes, Escola de Bellas Artes e Industriais do Paraná e Pinacotheca’ se, não escrito por Olinto, o deve ter motivado para a criação do Instituto de Belas Artes.  (Correio do Povo, ano 3 , no 191,  em 24.08.1898).  Para Maurício Bœhm ver Damasceno 1971, p.239

[4] O pensamento e as crônicas de Olímpio Olinto de Oliveira estão sendo resgatados  e sistematizados pela pesquisadora Cláudia Maria Gonçalves, do programa de pós-graduação de Música do Instituto de Artes da UFRGS sob a orientação da Profª Drª Maria Elizabeth Lucas.

Fig. 02 –   As Artes Visuais  do Rio Grande do Sul devem ao médico psiquiatra Fábio de Barros um atento observador e um cronista apaixonado que conectava este campo com as ciências médicas em especial aquelas referentes ao cérebro humano.  Nas suas frequentes incursões no mundo da arte buscava as lições da História da Arte e que o pequeno mundo de artístico de Porto Alegre podia oferecer á sua afiada pena e pensamento tarimbado de escritor experiente.
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Fabio de BARROS (*28.08.1881- +05.03.1952)

O médico psiquiatra Fábio Barros  é considerado o primeiro professor sul-rio-grandense de História das Artes Visuais  Como pioneiro desta disciplina não pode contar com uma cadeira curricular e  especifica devido ao pequeno número de estudantes de artes que procuravam a Escola de Artes do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Isto não impediu uma constante interação em bancas acadêmicas, em palestras ao lado de Olinto de Oliveira, Diogo Ferrás, Sarmento Leite e Mario Totta. Fábio gerou laços presenciais com este grupo ativo n primeira metade do século XX em Porto Alegre. A partir destas experiências concretas com as obras de arte, escreveu crônicas visando a ampliação do grupo de fora das artes. Com o seu pensamento fundado na sua ciência médica auxiliou na  efetiva implantação e legitimação.
Pode-se atribuir a falta de registro formal de suas atividades como professor de História das Artes Visuais ao fato de pertencer à Comissão Central do IBA-RS. Ele deveria abdicar deste cargo se viesse a ter alguma atividade remunerado io no âmbito da instituição. Isto qualifica o exercício de sua autonomia e tornava prática a sentença de que “o IBA-RS não era formado pelos seus membros mas pelas doações e liberalidades daqueles que de fato gostavam de arte”.
Foi no jornal que dava forma ao seu pensamento. Fábio foi cronista e crítico exigente em diversos periódicos impressos em Porto Alegre. Atuava e assinava como “Vitoriano Serra”.
Como psiquiatra compreendia a Arte como sua preciosa auxiliar. É possível especular que o médico conserva o corpo e a mente humana para que esta criatura possa se entregar à criatividade e ao trabalho da arte. Estes médicos tiveram, por sua vez, a colaboração dos artistas visuais para desenhar a anatomia e os registros gráficos para as teses e comunicações científicas dos profissionais da saúde.

·      DADOS BIOGRAFICOS de FÀBIO de BARROS[1].
·       
·      Nasce no dia 28 de agosto de 1881 em Uruguaiana RS e faleceu no dia 05 de março de 1952 em Poro Alegre
·      Fez os seus estudos no Colégio Corseuil em Uruguaiana. Em Porto Alegre frequentou o Ginásio São Pedro, a Escola Militar e inicia o curso de Medicina para termina-lo no Rio de Janeiro em 1906.
·      A sua atividade profissional inicia em Porto Alegre como funcionário público estadual como diretor de Higiene em Porto Alegre. Em 1908 tornou-se médico neurologista, catedrático de Fisiologia e Clínica Neurológica da Faculdade de Medicina de Porto Alegre. Depois médico da 19ª seção da santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
·      Como jornalista fundou e dirigiu a revista Máscara em 1918. Dirigiu o jornal A Manhã de 1920 até 1921 e o Correio do Povo entre 1929 e 1930. Redator de o Diário e a Federação.
·      Foi membro do Conselho Penitenciário do Estado, da Sociedade de Neuropsiquiatria do Rio Grande do Sul e da Academia de Letras do RS na sua 2ª fase.
·           Relação com o IA: membro da Comissão Central do Instituto de Belas Artes Designado para lecionar a História das Artes Visuais – (não há registro dessa atividade na prática)
·      Cronista e crítico de Arte usando os pseudônimos de J. da Ega, Victor Marçal e Victoriano Serra.
·      Pai de  João Júlio de Barros e genro de José da Costa Gama.
·       
·      FONTES BIBLIOGRAFICAS
·      A DOR: tese de doutoramento  – Rio de Janeiro - 1906
·      Opera ESMERALDA (fev. 1908) cantada por Estela Teixeira no Theatro São Pedro: música de Fábio de Barros e João C. Fontoura – libreto de V. Oliveira, Arnaldo Damasceno Vieira e Velasco Vereza.
·      O RITMO na ARTE conferência. Porto Alegre: Ed. Globo 1908.
·      A LIBERDADE PROFISSIONAL no Rio Grande do Sul: a Medicina e o Positivismo Porto Alegre: Ed. Globo 1916.
·      SAUDAÇÃO ao Prof. GEORGES DUMAS: discurso na Faculdade de Medicina, Porto Alegre: Ed. Globo 1917.
·      PALAVRAS OCAS: crônicas e comentários. Porto Alegre: Ed. Globo 1923.
·        ABERTURA OFICIAL dos CURSOS: discurso. Porto Alegre: Ed. Globo 1923.
·      Salão de Outono de 1925  MÁSCARA Revista. Porto Alegre,  Ano 7, Nº 7, jun. 1925, s/p
·      COLHEITA 1ª série, crônicas e contos Porto Alegre: Ed. Globo 1944
·      PALESTRAS MÉDICAS série de artigos no Correio do Povo a partir de 1911.
·      CRÔNICA dos SETE DIAS comentários semanais, sob o pseudônimo de Vitoriano Serra Porto Alegre: Ed. Globo 1938-1952
·      EDUARDO GUIMARÃES in revista LATERNA VERDE Cataguases, nº 08 , julho de 1944.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

Fábio de BARROS psiquiatra  http://www.polbr.med.br/ano11/wal0511.php

ORIGENS do INSTITUTO de ARTES da UFRGS
Fig. 03 –   Ângelo Guido foi o critico e o cronista das Artes Visuais  do Rio Grande do Sul enquanto as suas aulas expunham os GRANDES CICLOS das ARTES VISUAIS do OCIDENTE.  Porém, na prática, Guido experimentava as tintas e os pinceis naquilo que ele denominava as “Minhas Manchinhas”. O seu pensamento estava voltadas para a ARTE na UNIVERSIDADE e as exigências recíprocas deste pertencimento. Assim foi o diretor do IBA-RS que reconduziu com diplomacia e paciência o retorno ao convívio da UFRGS

Ângelo GUIDO GNOCCHI (*10./.10../. 1893- +1969)

Coube ao jornalista, cronista e critico de Arte  Ângelo Guido  ser o efetivo primeiro professor sul-rio-grandense e catedrático de História das Artes Visuais  Isto foi possível pela doção do currículo e das condições acadêmicas impostas  ao  Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul pela criação da Universidade Brasileira pelo decreto nº 19.851 de 11 de abril de 1931 .

  • Outros dados: Publica em 1922 o livro ‘ Ilusão’ em Santos - SP. Recebe crônica favorável na revista Klaxon
  • Percorre a Amazônia pintando e escrevendo sobre o rio, floresta e costumes.
  • Inicia em 1925 a sua carreira de crítico no Diário de Notícias de Porto Alegre No dia 14.10.1925 a Comissão Central aprova a aquisição de um quadro de Ângelo Guido por 1:000$000 cm parecer favorável de Libindo Ferrás
  • Faz palestra no Clube Jocotó. Casa-se com umas das filhas do fotógrafo Calegari.
  • Ângelo Guido inicia, no dia 15.05.1936, as aulas de História da Arte no Instituto de Belas Artes com contrato provisório feito com Tasso Corrêa
  • Publicou em 1937 o livro ‘O reino das Mulheres sem lei: ensaios de mitologia amazônica  na editora Globo com ilustração de João Fahrion.
  • Ingressa no DIP com o Estado Novo
  • Inscreveu-se, no dia 21.11.1938, ao concurso para catedrático de História da Arte anexando 50 exemplares da Tese ‘ Forma e Expressão na História da Arte´
  • Publicou em 1940 ‘Arte e utilitarismo’ e em 1956 ‘ Pedro Weingärtner’
  • Colabora na ‘ Enciclopédia Rio-grandense’ com dois artigos sobre História da Pintura no Rio Grande do Sul
  • Relação com o IA:
  • Foi diretor do Instituto de Artes de 1958 até 1962, sucedendo Tasso Corrêa e fazendo a tramitação para a UFRGS.
                               
ALGUMAS FONTES BIBLIOGRÁFICAS
GUIDO Ângelo (GNOCCHI) (1893-1969). «Pedro Weingärtner, pintor romântico» in Revista do Globo: Porto  
       Alegre, ano 2,  no  1 (025o fascículo) jun. 1931 s/p.

--------------O reino das mulheres sem lei: ensaios de mitologia amazônica. Porto Alegre: Editora Globo, 1937, 170 p.

______ Forma e Expressão na História da Arte. Porto Alegre : Imprensa Oficial,  1939, 59p tese.

____. Pedro Weingärtner. Porto Alegre : Divisão de Cultura- SEC/RS –1956, 228 p.

___-.« Um século de pintura no Rio Grande do Sul» i n, Enciclopédia Sul-Rio-Grandense.
       Canoas : La Salle, 2º vol, pp.115-141.

_________. Araújo Porto Alegre: o pintor e a personalidade artística. Porto Alegre: Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul/Divisão de Cultura1957 p.29-59.

--------------. Grandes ciclos da Arte Ocidental. São Leopoldo: Unisinos, 1968, 226 p.

SILVA, Úrsula Rosa da - A fundamentação estética da crítica de arte em Ângelo Guido: a critica de arte sob o enfoque de uma história das ideais. Porto Alegre : PUCRS: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Tese 2002
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
Biografia

ORIGENS do INSTITUTO de ARTES da UFRGS

URSULA ROSA da SILVA Fundamentação estética da crítica de arte em Ângelo Guido – Domínio Público
Fernando Corona num detalhe do mural de Aldo  Locatelli no prédio do IBA-RS- Fev. 1958
Fig. 04 –    Fernando Corona foi o introdutor e o primeiro professor Escultura a nível universitário das Artes Visuais  do Rio Grande do Sul.  O seu pensamento esteve em constante evolução. Partiu dos segredos da guildas medievais e se elevou, passo a passo,  para as vanguardas estéticas mais aguerridas do seu tempo. Associou o fazer prático aos mais elevadas abstrações estéticas e que ele buscava formas de colocar a disposição do intelecto e das mãos dos seus discípulos, Repetia a frase “deixei de ser escultora para formar escultores”.

Fernando CORONA (*..26./  .10./..1895-22./..06./..19791979)

Com uma intensa atividade profissional na escultura e na Arquitetura do Rio Grande do Sul coube a  Fernando Corona  ser o primeiro professor e catedrático de Escultura, de Modelagem e de Maquete no ensino superior de Artes do Rio Grande do Sul.
Esta atividade provocou uma intensa reflexão, seu registro e divulgação constante de textos, imagens e narrativas que deram corpo a este pensamento e uma intensa interação com o futuro dos seus estudantes. Coube a Fernando Corona uma obra didática. Ele mesmo escultor autodidata, como Rodin, era conhecido por sua vasta obra em Porto Alegre, tanto em Arquitetura, Escultura e Modelagem. Foi o docente efetivo dessa disciplina a partir de 1938[1] até 1965[2] no Instituto de Belas Artes. Sua formação foi ainda no sistema da ‘oficina de escultura  e da guilda, observando a obra de cantaria, de escultura, e de arquitetura prática de Jesus Maria Corona seu pai,  a quem ele  vem buscar em Porto Alegre em 1912. Mas é ele quem acaba ficando se engajado no projeto da catedral gótica para Porto Alegre[3] que o pai havia ganho em concurso internacional. Fundou a sua própria oficina-empresa de escultura e modelagem logo que os meios lhe permitiram. Além disso trabalhava como desenhista de arquitetura em firmas de construção. Profundamente vinculado à vida cultural emergente na cidade, junto aos prédios que ia construindo, humanizando-os com esculturas e relevos, convive com personagens da literatura, música, teatro e imprensa. Essa última recebe frequentes colaborações suas, e, nas quais expõe as suas concepções estéticas[4].

O pensamento de Fernando Corona pode ser recuperado e analisado sob os seguintes tópicos: 1 – Evolução do pensamento de Fernando Corona . 2 – O pensamento de Fernando Corona como profissional das artes visuais. 3 – O pensamento de Fernando Corona como docente de Escultura. 4 – O pensamento de Fernando Corona como professor de Modelagem. 5 – O pensamento de Fernando Corona como docente de maquete de Arquitetura. 6 – O pensamento de Fernando Corona como orientador da Escolinhas de Arte 7 – O pensamento de Fernando Corona frente a novos cursos superiores de arte no RS 8 – O pensamento de Fernando Corona como membro do CTA- do IBA-RS -.9 – O pensamento de Fernando Corona frente ao movimento estudantil e social 10 – O pensamento de Fernando Corona como cronista e memorialista das artes e arquitetura do RS  11 – O cultivo da memória do pensamento de Fernando Corona

FONTES BIBLIOGRÀFICAS
BECKER, D. João. A Cathedral Metropolitana de Porto Alegre. Sétima Carta Pastoral  . Porto Alegre : Selbach, 1919 73 p.

CORONA, Fernando (1895-1979).«Cem anos de forma plásticas e seus autores» in Enciclopédia Sul-Rio-
        Grandense. Canoas : La Salle.2º vol. Pp.141-161, 1968.

___________. Caminhada nas Artes (1940-1979). Porto Alegre : UFRGS/ IEL/ DAC/ SEC 1977, 241
CORONA, Fernando (1895-1979) Caminhada nas artes (1940-1976) Porto Alegre:           UFRGS/IEL/DAC/SEC  1977.  241p.
CORONA, Fernando (1895-1979). Fídias, Miguel Ângelo e Rodin: tese de concurso  para   professor catedrático de escultura e modelagem do Instituto de Belas Arts da Universidade de Porto Alegre. Porto Alegre: Imprensa oficial, 1938, 83 p il.

-----------Ismos: arte contemporânea (aula inaugural do IBA-RS em 03.03.1947 – Anexa Carta de Atenas). Porto Alegre: Instituto de Belas Artes, 1947, 29 p

------------«50 anos de formas plásticas e seus autores». in Enciclopédia Rio-Grandense. Canoas : Regional, 1956,  v. 3,  pp 217-70

------------A escultura do século XX. Porto Alegre: Faculdade de Arquitetura da URGS. Palestra dia 19.09.1958, 27 f (mimeo)

---------«Cem anos de formas plásticas e os seus autores» in Enciclopédia Rio-grandense: o Rio Grande Antigo. Porto Alegre: Sulina. 1968,  v. 2,  pp. 143-164.

----------------Amêndoas e mel: Crônicas de Espanha. Porto Alegre: Sulina, 1969  139 p.

---------------- Palácios do governo do Rio Grande do Sul. Porto Alegre : CORAG, 1973, 44 p. il col.

----------------Caminhada nas artes: 1940-1976. Porto Alegre: UFRGS- IEL/DAC/SEC-RS,  1977, 241 p.

ALGUNS MANUSCRITOS de  Fernando CORONA
____. Manuscritos e Diários. Porto Alegre: Original de propriedade dos descendentes da família Fernando Constituído de 35 cadernos[5].
CAMINHADA de FERNANDO CORONA: Tomo I. 01 de janeiro de 1911 até dezembro de 1949 – donde se conta de como saí de casa e aqui  fiquei para sempre: nasci num lugar e renasci em outro onde encontrei amo Tomo I  604 f. Folhas de arquivo:  210 mm X 149 mm.

CAMINHADA de FERNANDO CORONA. Tomo II 1945/49-1953. um homem como qualquer: renascer em um lugar e renascer em outro Tomo II  220 f. Folhas de arquivo:  210 mm X 149 mm.

EUROPA 1952 : notas de viagem ; 1o caderno   Porto Alegre 16.01. 1952 – Veneza 09.04.1952195 fl  Folhas de caderno xadrez:  210 mm X 149 mm. Original de propriedade dos descendentes da família Fernando Corona                                     

EUROPA 1952: notas de viagem 2o caderno    Roma 11.04.1952  - Porto Alegre 29.07.1952 - 205 fl Folhas de caderno xadrez:  210 mm X 149 mm.

COISAS MINHAS : Viagens 1956  1959    -139f. Folhas sem linhas em caderno espiral:  210 mm X 149 mm

COISAS MINHAS : Viagens 1960  Folhas de linhas simples em caderno espiral:  210 mm X 149 mm.
1963 139 f.

VIAGEM a CUBA – 1962 notas de viagem  Folhas de linhas simples em caderno espiral:  210 mm X 149 mm 199 f.

COISAS MINHAS : 1962 1965 Brasília e outros alpistes    06.08. 1962    26.11.1965 - 85 f. Folhas sem linhas caderno simples:  210 mm X 149 mm
                .
COISAS MINHAS : 1964, 1964, 1966 - Férias de Verão 05.01.1964    22.08.1966  Folhas de arquivo:  210 mm X 149 mm 153 f.
 
350 DIAS na ESPANHA  1966  - 1967   26.11.1965      20.07.1967293 f. Folhas com linhas simples em caderno espiral:  210 mm X 149 mm.

COISAS MINHAS : 1967  1968 1969     193 f. Folhas xadrez em caderno espiral :  210 mm X 149 mm.

COISAS MINHAS  1969          1970    28.08.1969    28.03.1970 128 f. Folhas brancas em caderno espiral :  210 mm X 149 mm
.
COISAS  MINHAS: 1970  1o caderno   29.03.1970    - 01.09.1970 - 204 f. Folhas de linhas simples em caderno espiral:  210 mm X 149 mm.

COISAS   MINHAS : 1970-1971 2o caderno   01.09.1970         05.11.1971 = 168 f.Folhas de linhas simples em caderno espiral:  210 mm X 149 mm.

COISAS   MINHAS : 1971- 1972 de 12.11.1971 até 06.09.1972    190 f. Folhas de linhas simples em caderno espiral:  210 mm X 149 mm.

COISAS  MINHAS : 1972   1973    de 07.09.1972    até  03.07.1973 379 f.  Folhas de linhas  simples em caderno espiral :  210 mm X 149 mm.

COISAS  MINHAS : 1973   1974  de 04.07.1973 até  10.03.1974 = 208 f. Folhas de linhas simples em caderno espiral:  210 mm X 149 mm.

VIAGEM à ESPANHA  1974  318 f Folhas xadrez em caderno espiral ilustrado:  210 mm X 149 mm

VIAGEM aos INCAS  1955  1956  88  f. Folhas de linha xadrez – caderno simples:  210 mm X 149 mm.

RECORTES CURIOSOS  1973 – 1979  Colagem de diversos materiais impressos 173 f. Folhas de linhas xadrez em caderno espiral:  210 mm X 149 mm.
.
MINHA JORNADA  1974  1975    de 07.10. 1974  até  06.06.1975- 368 f. Folhas de linhas simples em caderno espiral :  210 mm X 149 mm.

MINHA JORNADA. Viagem ao Rio 1974  1976  07.06.1975   09.04.1976 186 f Folhas de linhas xadrez em caderno espiral :  210 mm X 149 mm.

 MINHA JORNADA  1976        1978 - 11.04.1976  até  27.02.1978 360 f. Folhas de linhas simples em caderno espiral :  210 mm X 149 mm.

MINHA JORNADA   1978 1979   - 28.02.1978 – 19.06.1979  Corona  faleceu em 22.06.1979- 197 f. Folhas com linhas simples em caderno espiral :  210 mm X 149 mm.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

ORIGENS do INSTITUTO de ARTES da UFRGS


[1] - Assina contrato coma Universidade de Porto Alegre no dia 12 de maio de 1938. (Registro no álbum nº II de fotos de aulas de escultura):
 Afinal aceitei e no dia 12 de maio de 1938, na reitoria do Dr. Aurélio de Lima Py, assinei contrato com vencimento de um conto e duzentos mil reis, que era igual ao dos demais catedráticos. Ora, eu ganhava um conto e oitocentos como arquiteto da firma Azevedo Moura & Gertum

[2] - Foi atingido pela aposentadoria compulsória no dia 26 de novembro de 1965, dia em completou 70 anos.

[3] - BECKER, D. João. A Cathedral Metropolitana de Porto Alegre. Sétima Carta Pastoral  . Porto Alegre : Selbach, 1919 73 p.
[4] Depoimento informal de Hélgio Trindade, reitor da UFRGS (1992/96), que na época de estudante presidia movimentos estudantis em cujo meio encontrava frequentemente envolvido o veterano mestre
[5] - Manuscritos cedidos ao prof. Dr. Günter Weimer por Eduardo Corona filho de Fernando Corona e professor da FAU da USP. O prof. Dr Weimer colocou estes manuscrito a disposição deste pesquisador, no ano de 1993, no âmbito do Gabinete de Estudos de Documentação da Arquitetura Brasileira (GEDAB).Faculdade de Arquitetura da UFRGS. Os originais retornaram para a posse dos descendentes da Família Corona
Tasso Corona, Ernani Corrêa a João Fahrion  num detalhe do mural de Aldo  Locatelli no prédio do IBA-RS- Fev. 1958

Fig. 05 –   Alguns consideram Tasso Bolívar Dias CORRÊA como um dos refundadores das Artes Visuais  institucionalizadas no Rio Grande do Sul  Na verdade Tasso Corrêa teve êxito na transição de um instituição isoladas das Artes para a sua institucionalização no paradigma  universitário brasileiro. Este pensamento percebeu, aglutinou e formalizou aquilo que o campo artístico havia avançado na prática e nos experimentos e nas pesquisas dos artistas que conseguiu atrair e manter no âmbito do seu projeto. Assim as Artes Visuais do IBA-RS passaram a ser o carro chefe da instituição e concorrendo vivamente com a qualidade dos músicos dos quais ele próprio era professor de Piano. 


Tasso Bolívar Dias CORRÊA (25./12/ 1901- 07/07/1977)

O músico e jurista Tasso Corrêa cultivou uma intensa atividade intelectual que deixou registrado em diversas narrativas, peças jurídicas e entrevistas jornalísticas. Com este pensamento sólido com plena convicção e experiência prática Tasso explorou os limites que a arte institucionalizada oferecia no seu tempo no Rio Grande do Sul.
Para tanto estudou e formou-se em 1921 no Instituto Nacional de Música. Organizou concertos em Rio Grande e Pelotas em 1922. Em fevereiro de 1924 criou o Conservatório Rio-Grandino de Música juntamente com Guilherme Fontainha. Cria o Curso Superior de Piano em Porto Alegre que oferece na revista Madrugada nº 5 de 4..12.1926 Em 1933 forma-se em Ciências Jurídicas da Faculdade de Direito de Porto Alegre.  Constitui duas imobiliárias, é da direção de bancos de Porto Alegre. Relação com o IA: Em 1922 é convidada para ser professor de Piano do Instituto de Belas Artes. Em 1923 é diretor interino no afastamento de Guilherme Fontainha. Em 1925 organiza audição de Piano no Teatro São Pedro com palestra de Eduardo Guimarães. Em 24. 10. 1933 atacou a administração da Comissão Central em pleno Theatro São Pedro
 Com a aprovação e a inclusão, no dia 20 de novembro de 1934,  do Instituto de Belas Artes na Universidade de Porto Alegre Os problemas e contradições apenas iniciavam. Logo após a nomeação do reitor dessa Universidade, Tasso Corrêa estava presente no dia 16 de abril de 1936 na reunião do Conselho Universitário da UPA como representante do Instituto. No dia 27, desse mesmo mês, pelo Decreto Estadual nº 6.193, o governo o designou para o cargo efetivo da direção do Instituto de Belas Artes. Contudo, não se conseguiu esclarecer, se esse decreto que nomeava Tasso Corrêa, foi o efeito de uma eleição de lista tríplice conforme o  decreto nº 19.851 de 11.04. 1931,  no seu artigo nº 27[1], ou se foi um ato do interventor apoiado por um nome indicado pelo Conselho Universitário. Tasso Corrêa acumulou em suas mãos uma grande soma de cargos que antes estavam dispersos na diretoria e nas escolas do Instituto. Seguindo o conselho de André da Rocha eliminou as direções do Conservatório e da Escola. Ele acumulou os cargos de Presidente e de Vice da antiga diretoria da  Comissão Central
Com a exclusão do IBA-RS da UPA em 05.01.1939 Tasso recebeu a administração e propriedade da Comissão Central com presidente da Congregação. Em 15.11.1939 abriu o 1º Salão de Artes do Rio grande do Sul. De 1941 até 1943 lidera uma campanha nacional para a construção do novo prédio. Em 1958 promove o 1º  Congresso Brasileiro de Arte e o 1º  Salão Pan-Americano de Artes. No mesmo ano se aposenta. Em 1970 recebe junto com Fernando Corona o título de Professor Emérito da UFRGS
FONTES BIBLIOGRÀFICAS

CORRÊA dos SANTOS, Nayá “TASSO CORRÊA: uma vida uma obra de arte”. Porto   Alegre : Evangraf, 2001.  32 p il.

Prospecto do Instituto Nacional de Música de 08.1919
Prospecto do Concurso do Instituto  Nacional de Música de 31.12.1922
Correspondência Tasso e Fontainha
Prospecto do Conservatório Rio-Grandino de 23.02.1924.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

APONTAMENTOS do PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORREA (1901-1977) nas CIRCUNSTÂNCIAS INSTITUCIONAIS da ARTE do RIO GRANDE do SUL

As CIRCUNSTÂNCIAS da FORMAÇÃO do PENSAMENTO de
TASSO BOLÍVAR DIAS CORRÊA

A UNIVERSIDADE BRASILEIRA e a ARTE no PENSAMENTO de
TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA

O PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA
PASSA para o MUNDO EMPÍRICO

O PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA
EXPRESSO em CONTRATO INSTITUCIONAL

O PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA
ASSUME as FUNÇÕES de LIDER
O PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA
ASSUME as FUNÇÕES como CONSTRUTOR

O PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA ATINGE a sua CULMINÂNCIA

CONCLUSÕES e FONTES LOGÍSTICAS relativas ao
PENSAMENTO de TASSO BOLIVAR DIAS CORRÊA

. ORIGENS do INSTITUTO de ARTES da UFRGS


[1] - “ Art. 27 - O Diretor dos institutos universitários, órgão executivo de direção técnica e administrativa dos institutos, será nomeado pelo Governo, que escolherá de uma lista tríplice, na qual serão incluídos os nomes de dois professores catedráticos, eleitos por votação uninominal pela respectiva Congregação, e outro professor do mesmo instituto, eleito pelo Conselho Universitário
Athos Ferreira DAMASCENO, em 19 de junho de   1956 os 20 Anos (1936-1956) da Administração de Tasso Corrêa.
 [ Imagem do Arquivo do IA-UFRGS]
Fig. 06 –   A volumosa produção escrita e impressa de Athos Damasceno Ferreira  reservou um lugar privilegiado para o pensamento que se produziu nas  Artes Visuais  do Rio Grande do Sul.   A sua antológica obra “Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900) de fato constitui um resenha dos mais variados pensamentos, estéticas e agentes que atuaram neste local. Ele dedicou esta obra a Tasso Corrêa  

Athos DAMASCENO FERREIRA (1902-1975)

O poeta, cronista e jornalista Athos Damasceno Ferreira  tornou-se uma referência incontornável do pensamento que motivou os projetos e as práticas das artes visuais no Rio Grande do Sul ao longo de um largo tempo. Percorreu este largo tempo e sociedade sul-rio-grandense registrando as suas concepções e impressões. Não estava no seu projeto a reversibilidade às suas fontes que necessitam serem retomadas e comprovadas por um geração mais preocupada com os postulados  científicos. A reversibilidade às fontes de Damasceno é um problema que potencialmente faz caminhar, pesquisar e construir outras narrativas para o próprio tempo, sociedade e lugar de outros pesquisadores.
Assim os vestigios de seu pensamento autoral estão espalhados por jornais, revistas e livros que iniciam em 1917 e culminaram  na sua monumental e incontornável a obra “Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900)”.

    FONTES BIBLIOGRÀFICAS
DAMASCENO, Athos (1902-1975) Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900). Porto Alegre : Globo, 1971, 520 p
 ______Colóquios com minha cidade. Porto Alegre : Globo, 1974,  203 p..
----------Jornais críticos e humorísticos de Porto Alegre no século XIX -  1944
----------Fotógrafos em Porto Alegre no século XIX  1947
----------Palco, salão e picadeiro em Porto Alegre no século XIX.  Porto Alegre : Livra. Do Globo 1956
----------Sociedades literárias de Porto Alegre no século XIX: fundamentos da Cultura Sul-Rio-Grandense  1952
--------  Imprensa caricata do Rio Grande do Sul no século XIX  1962
---------O Carnaval porto-alegrense no séc. XIX 1971
                                

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
Biografia
Moda de Porto Alegre
Regionalismo
Damasceno com TASSO CORR~EA a que dedicou sua obra em 1971
Fig. 07 –   A formação erudita de Herbert Caro  prestou serviços relevantes para a formação de um público das Artes Visuais do Rio Grande do Sul. Na notável atividade como bibliotecário do Instituto Goethe de  Porto Alegre promovia ciclos de palestras ilustradas dos principais movimentos da História da Arte, da Música e das Letras mundiais.  No entanto o que qualifica a sua obra  erudita são  as suas traduções, crônicas de jornais e inclusive aconselhamento no comércio editorial de alta qualidade e dedicação exemplar ao leitor. 

Herbert CARO (1908-1991)

O legado intelectual do tradutor, bibliófilo e historiador das artes  Herbert Caro  é tão imenso que a maioria dos pesquisadores desiste em estudar, compreender e especialmente divulgar o pensamento deste intelectual que o Rio Grande do Sul acolheu em 1935. Sem se envolver direta e pessoalmente nas motivações Herbert constitui  uma referência externa do clima intelectual dos  potenciais apreciadores, consumidores e produtores, dos  projetos e nas práticas das artes visuais no Rio Grande do Sul ao longo de seu tempo.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
CARO, Herbert Balcão de Livraria: Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1960, 102p.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

 


Fig. 08 –   Aldo OBINO foi um atento e continuador observador, cronista e crítico de gerações daqueles que se dedicaram ou transitaram pelas Artes Visuais  do Rio Grande do Sul.   Ele iniciou as suas “NOTAS de ARTE”  em 1934 e levou este projeto até 1984 quando o jornal passou para outra administração





Aldo OBINO (1913-2007)

Apesar de não se ter notícia de práticas artísticas pessoais do jornalista, professor  e filósofo  Aldo Obino ele constitui uma referência externa incontornável dos  produtores das artes visuais no Rio Grande do Sul. Presença física nos projetos e nas práticas estéticas levadas ao público pelo artista visuais, músicos e teatrólogos do  longo seu tempo era um mediador honesto com os apreciadores, consumidores e instituições.
 Aldo viveu no apogeu da ERA INDUSTRIAL é uma das expressões no Rio Grande do Sul da especialização e da distribuição de papeis no campo das forças da arte.

FONTES BIBLIOGRÀFICAS

OBINO, Aldo. Notas de arte. Org, Cida Golin.  Porto Alegre : MARGS/Caxias do Sul : Nova Prova EDUCS,   2002, 152 p.

OBINO, Aldo. Depoimento informal na APLUB em 1999 em relação ao seu pediatra dr. Olinto de Oliveira que atendeu na sua especialidade de uma paralisia infantil. Confirmou que foi testemunho do discurso de Tasso Corrêa no Theatro São Pedro no 24 de outubro de 1933 e das conseqüentes repercussões
FONTES NUMÈRICAS DIGITAIS


“Quem” fez? “o que”? “onde”/ “quando?” “como?” “por que?”

Fig. 09 –   As Artes Visuais  do Rio Grande do Sul tiveram em Alice Ardohain Soares uma pioneira e uma profissional   Como profissional conduziu uma carreira de pintora que a coloca como pioneira de presença continuada e com  êxito reconhecido pelo meio artístico sul-rio-grandense. Com uma reflexão sensível e atento que ela deixou registrado - na sua tese de cátedra - o que recolhera na sua dupla  formação erudita em Pintura e Escultura a par de suas constantes atualizações e viagens  mundo afora..

Alice Ardohain SOARES (1917-2005)

A sensível produção estética de Alice Ardohain Soares e as suas orientações aos seus estudantes de Desenho tinham por suporte, reserva e norte  um intenso e refinado pensamento.
A prima de Dorival CAYMMI (1914-2008) era discreta no seu agir. Nesta  discrição as suas concepções  autorais necessitam uma intensa busca, atenção e uma formatação coerente com a sua origem. Formatação e divulgação que guardem um  referencial lógico ao seu TEMPO, seu LUGAR e SOCIEDADE no qual este pensamento nasceu, emergiu e se desenvolveu.
Evidente que a sua pintura, o seu eterno motivo das meninas e sua obra como educadora estão em primeiríssimo lugar. Porém o seu pensamento não desmente ou contradiz este  universo de sua atuação.
Aluna de Escultura de  Fernando Corona
                               Substitui interinamente Benito Mazon Castañeda falecido em 19. 02. 1955

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
DUAS ALICES – Exposição em homenagem às alunas do Instituto de Belas Artes: Alice Brüegmann e Alice Soares, comemorando seus 80 anos. Porto Alegre : UNICULTURA-UFRGS, 24.06  - 25.07.1997.

SOARES Alice  Ardohain (1917-2005) LINHA - FUNDAMENTO DO DESENHO LINHA - FUNDAMENTO DO DESENHO Linha: Definição Simbolismo Expressão artística Tese de concurso para o provimento efetivo da cadeira de Desenho, dos Cursos de Pintura e Escultura do Instituto de Artes do Rio Grande do Sul Porto Alegre, 196150 p.

WEBSTER, Maria Helena et alii  Do passado ao presente: as artes plásticas no Rio          Grande do Sul. Porto Alegre: Cambona, s/d. 83p.



FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
Dorival CAYMMI
. ORIGENS do INSTITUTO de ARTES da UFRGS
Fig. 10 –   A sólida formação de engenheiro e de urbanista geraram um pensamento ativo e autoral em  Francisco Rio-pardense Macedo que gerou uma preciosa moldura e destacou o que de melhor,  sólido e coerente se produziu  em Artes Visuais  no Rio Grande do Sul. Este pensamento erudito e provado deixou registros escritos, imagens e conferencias que merecem uma atenção especial devido ao TEMPO, LUGAR e SOCIEDADE na qual foram produzidos e veiculados

Francisco Rio-pardense MACEDO (1921-2007)

O engenheiro, o urbanista, o historiador, o escritor e o arquivista Francisco Rio-pardense Macedo praticou, também, o desenho, a gravura e as experiências estéticas materiais das artes visuais.
O pensamento de Rio-pardense este orientado para as tendências ideológicas marxistas. Esta definição permitiu se colocar do lado de fora de um ecletismo que “é refúgio de todas as covardias” na concepção de Mário de Andrade.  O pensamento de Rio-pardense teve como referência externa o espaço empírico do Rio Grande do Sul.

 FONTES BIBLIOGRÁFICAS

MACEDO., Francisco Rio-pardense de.  A Arquitetura no Rio Grande do Sul . in  RIOGRANDE do SUL: Terra e Povo. Porto Alegre : Globo 1964

---------------Porto Alegre: história e vida da cidade. Porto Alegre : UFRGS, 241p.

________. Porto Alegre: aspectos culturais. Porto Alegre : SMED/Div. De  Cultura, 1982, 122 p.
RIOPARDENSE de MACEDO, Francisco.  «30o Aniversário do Ensino de Arquitetura no  Rio Grande do Sul : O Primeiro Curso de Arquitetura» série in Correio do Povo: Porto Alegre, Nov. dez 1974. Em especial os artigos de  10.11. 1974,  p.27 e dia 17.11.1974.

Outros LIVROS  PUBLICADOS conforme IHG-RS
----REMBRANDT- (Prêmio Concurso Nacional-Instituto Cultural Brasil Holanda, São Paulo/1956)
Edição: Centro Acadêmico da Fac. de Arquitetura da UFRGS/1961.
-----ESTUDO PLÁSTICO da VEGETAÇÃO.1º edição: Centro Acad. da Faculdade de Arquit.  UFRGS/1961 2ºedição: Universidade Federal de Santa Maria/1977.
----PLANEJAMENTO RURAL Edição: Centro Acad. da Fac. de Arquitetura da UFRGS/1961
-----ESPAÇOS URBANOS Edição: Idem/1964.
                                                                                                                                                      
---- PORTO ALEGRE, ORIGEM E CRESCIMENTO. 1° edição: Sulina/1969.
                                                                                      
----ARQUITETURA NO RIO GRANDE DO SUL. In: Rio Grande do Sul Terra e Povo.
Editora: Globo/ 1969
-----DIÁRIO ESCOLAR. Editora: Rottermund Editor/1971
-----AS CRIANÇAS DESCOBREM A HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL.. Editora; Riogradelê, Porto Alegre/ 1972
----BI-CENTENÁRIO DA CÃMARA DE PORTO ALEGRE/1773-1973. Edição: Câmara de Vereadores de Porto Alegre/1973.
----RIO PARDO, A ARQUITETURA FALA DA HISTÓRIA. Edição: Sulina e IEL, Porto Alegre/ 1972.
----PORTO ALEGRE, HISTÓRIA E VIDA DA CIDADE. Edição: Editora da Universidade/ UFRGS/1973.
------HIPÓLITO JOSÉ DA  COSTA E O UNIVERSO DA LIBERDADE. (Prêmio Nacional Associação Rio-grandense de Imprensa) Editora: Sulina, Porto Alegre/1975
-----INGLESES NO RIO GRANDE DO SUL. (Monografia premiada Biênio da Imigração/RS) Editora: A Nação/1975
-----O SOLAR DO ALMIRANTE ( Iº Prêmio Concurso Nacional/FUNARTE/RJ) Editora: da Universidade da UFRGS e Instituto Estadual do Livro/1980.
------PORTO ALEGRE ASPÉCTOS CULTURAIS. Edição Prefeitura municipal de Porto Alegre, Plano Editorial/1982
-----OS MENORES ABANDONADOS  E O PADRE CACIQUE DE BARROS. Edição: Assessoria de Divulgação da FEBEM, Porto Alegre/1982
                                                                                  
-----A ARQUITETURA NO BRASIL E ARAUJO PORTO ALEGRE. Editora da Universidade UFRGS e CREA/1984
                                                                                                                                              
-----BENTO GONÇALES (Coleção Grandes Políticos) 1º edição; Instituto Estadual do Livro, Porto Alegre/1990 2º edição: Idem/ 1996
-----DA ABDICAÇÃO A ASSEMBLÉIA Legislativa. Edição: Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Conselho de Desenvolvimento Cultural/ CODEC/1989.
      
-------ROSSETTI e a IMPRENS FARROUPILHA Edição; Gov. do Estado do Rio Grande do Sul/ CODEC/ 1990
-----O ENSINO DAS PRIMEIRAS LETRAS NA REPÚBLICA RIO-GRANDENSE. Edição: Idem/1989.
------BENTO GONÇALVES ATRAVÉS DAS PROCLAMAÇÕES. Edição; Idem/ 1989
---IPERTINÊCIAS DE UM AUTOR EM CRISE. Edição: UNICAMP/Bagé/ 1989
------HISTÓRIA DAS PROFISSÕES DA ÁREA TECNOLÓGICA NO RIO GRANDE DO SUL Edição do CREA/RS/1993
-----IMPRESA FARROUPILHA Edição: EDIPUCRS e IEL, Porto Alegre/1994
------HISTÓRIA DE PORTO ALEGRE. 1º Edição: Editora da Universidade UFRGS/1993 2º Edição: Idem/ 1998
-------PORTO ALEGRE, Origem e Crescimento 2º edição revisada e ampliada Unidade Editorial – Pref. Municipal de P. Alegre/1999
                                                                   
------DIÁRIO DE UM CONFLITO  Antologia e índice por assunto de O NOTICIADOR – Edições do Ano de 1933. Editora da Universidade Federal de Rio Grande- (2003)
--------O ANIVERSÁRIO DE PORTO ALEGRE Edição – Unidade Editorial, da Secretaria  Municipal de Cultura/POA/2004
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

Arquitetura Açoriana
Porto Alegre
ENTREVISTA, em 2004,  com RIOPARDENSE MACEDO em RELAÇÂO à OSCAR NIEMEYER como  PARANIFO da 1ª Turma de URBANISTAS do BRASIL
Fig. 11 –   O olhar e o pensamento de vertente teológica das Artes Visuais  do Rio Grande do Sul tiveram um raro representante no bispo Frei Antônio do Carmo Cheuiche.   Jornalista de formação universitária refletiu e escreveu em relação à cultura e o seu papel no campo dos sentidos humanos e seus vínculos com a transcendência. A própria UNESCO reconhece que 80% da produção mundial de arte de todos os tempos e lugares, possui algum vinculo com o sagrado. Os fetiches ideológicos, culturais e comerciais - que se querem puramente materiais - tocam ou tentam ocupar o lugar do sagrado  mesmo que tente mascarar este vínculos

Frei Antônio do Carmo CHEUICHE (1927-2009).

O clérigo, bispo, jornalista, filósofo, professor Frei Antônio do Carmo Cheuiche  foi um pensador engajado no seu tempo, lugar e sociedade. Filho da cidade de Caçapava ganhou o mundo mas os seus retornos à terra de origem eram constantes e fecundos para um pensamento mais exercitado nas dialéticas entre ideologias frontalmente contrárias.
O pensamento de Cheuiche esteve sólida e intelectualmente  orientado para as tendências ideológicas e teológicas cristãs. Esta definição permitiu ao bispo auxiliar de Porto Alegre uma serena e sólida interlocução na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde foi professor emérito,  com as mais variadas tendências do pensamento sem perder o seu norte ou ceder a um ecletismo que comprometesse o seu projeto primeiro.


As suas aulas de Filosofia na UFRGS tinham largas incursões na estética. No entanto pediu afastamento da UFRGS no dia 12.10.1969[1] diante do arbítrio do AI-5 .


Autor de um texto que busca o sentido da Catedral de Porto Alegre. Nesta obra, da qual não se conhece os originais, há índices do talento, da sensibilidade e inteligência de que descreve o tema de dentro para fora.
A CATEDRAL METOPOLITANA de PORTO ALEGRE
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
CHEUICHE, Frei Antônio do Carmo (1927-2009) – Catedral Metropolitana de Poro Alegre: guia histórico-artístico – Porto Alegre: Diagramme Produções, 2012, 143 p. il   ISBN 9788564393035       https://issuu.com/077906/docs/livro_catedral

----------. Cultura e evangelização. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1995, 171p
. disponível em:

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
In Maria Beatriz RAHDE

Entre os calouros de 11953
Fig. 12 –   Carlos SCARINCI ocupou diversos lugares institucionais nas Artes Visuais  do Rio Grande do Sul. Portador de uma sólida formação filosófica e estética não se deixou atrelar, aprisionar e fazer o jogo dos grupos de  dentro  de elogios recíprocos.  Livrou-se destas armadilhas circulando e interpretando na sua linguagem, repertório e pensamento  que ele percebia e registrava nos diversos lugares, funções e instituições onde circulava.

Carlos SCARINCI (1932-2015)

O filósofo, esteta, crítico de artes visuais e professor  Carlos Scarinci debruçou-se sobre do Rio Grande do Sul. Fez dos documentos visuais da gravura e do espaço empírico desta prática o lugar privilegiado para ancorar o seu pensamento. Com evidente capacidade intelectual se desprendia deste espaço - e das experiências estéticas materiais das artes visuais – para alçar voos, perceber e registrar o amplo  mundo das ideias e retornar para as razões pela quais “uma pintura é uma coisa mental” na convicção de Leonardo da Vinci.
Após a sua formação em Filosofia pela exerceu as funções de critico de arte na imprensa de Porto Alegre. Orientou os estudos conceituais do Atelier  Livre de Porto Alegre. Foi docente no Centro de Arte e Cultura da UFSM. No seu retorno a Porto Algre foi docente do IA-UFRS e diretor do Margs entre os anos 1987 e 1988. Porém Scarinci insistia no ideal e na coerência do sentido de um “estilo artístico” sob cujo conceito orientava o seu pensamento pelo hábito da integridade intelectual. Esta elevação conceitual, sua coerência e seus hábitos da integridade estética e intelectual tiveram raros prosélitos e muito menos constituíram uma escola. Apesar de muito apreciado ele preferiu mudar-se para São José dos campos em são Paulo e recomeçar ali a sua atividade e que não era possível ainda no Rui grande do Sul.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS

SCARINCI, Carlos «Da Francisco Lisboa ao Pseudo-Salão Moderno de 1942» in Correio do Povo, Caderno de Sábado, Volume CVI, Ano VIII, no 606, 08.03.1980, pp 8/9.
SCARINCI, Carlos. A gravura contemporânea no Rio Grande do Sul (1900-1980). Porto Alegre : MARGS,
        1980 27 fl.

_________ A gravura no Rio Grande do Sul (1900-1982). Porto Alegre  : Mercado Aberto, 1982,
        224 p. il. Color.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
Carlos SCARINCI e a distribuição de remédios
Fig. 13 –   Walmir AYALA deixou cedo o Rio Grande do Sul. Porém jamais esqueceu as suas origens. Com ele as Artes Visuais  sul-rio-grandenses, e os seus criadores, receberam espaços nacionais  onde sua obras eram conhecidas e reconhecidas. O  pensamento de AYALA foi coerente com os veículos de comunicação da culminância da ERA INDUSTRIAL. Nestes veículos ele fez fluir  a sua poderosa inteligência e  sua sensibilidade estética para dar vez e voz aos silenciosos artistas visuais.


Walmir AYALA (1933-1991) 

O poeta, escritor, historiador, critico e cronista de artes visuais  Walmir Ayala teve da abandonar o Rio Grande do Sul para praticar e ter suporte do seu pensamento no Rio De Janeiro onde esteve voltado para as experiências estéticas materiais das artes visuais.
No Rio de Janeiro foi ativo colaborador de figuras expressivas da crítica e crônica das artes visuais brasileiras. Aos poucos conquistou o seu próprio espaço e nome para exercer o seu  pensamento autônomo. Nesta autonomia surgiam nomes, obras e pensamentos dos artistas sul-rio-grandenses eventualmente vivendo no Rio de Janeiro ou que tinham permanecido na sua terra natal.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
AYALA, Walmir A criação plástica em questão. Petrópolis: Editora Vozes, 1970, 283 p.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
Fig. 14 –   As Artes Visuais  do Rio Grande do Sul devem ao  profissional das Letras,  João Carlos Tibursky, uma abertura generosa para um espaço qualificado de comunicação. Como editor dos periódicos “TRINTA DIAS” e “Continente” que - em  conjunto de outros - deflagrou condições materiais de ações institucionais do seu pensamento destinadas

João Carlos TIBURSKY (1950- 17.04. 2011)

O jornalista, editor e professor João Carlos Tibursky  constitui um capítulo singular do pensamento das artes visuais sul rio-grandense. Nascido menino de roça galgou com muito esforço e trabalho os andaimes do pensamento erudito e se firmar como docente da Universidade de Passo Fundo onde conquistou estima generalizada apesar de manter o mais absoluto hábito de integridade intelectual, estético que ele conquistou entre numerosas e duras escolhas oessoais.
O pensamento de Tibursky ainda está para ser reunido, estudado e divulgado junto com a sua biografia.
O que é possível afirmar que  pensamento de Tibursky é significativo pois representa a ação, a afirmação e a consolidação de um pensamento no interior do Rio Grande do sul e sem apoios expressivos ou ressonâncias em capitais já consagrados.
FONTES BIBLIOGRÀFICAS

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS


REVISTA ECO DIGITAL

http://www.intercom.org.br/papers/regionais/sul2009/expocom/EX16-0698-1.pdf




PROPOSTA de ESTUDO dos PENSADORES das ARTES VISUAIS do RS


Estudado,  no dia 24.08.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 03

Olinto Olympio de OLIVEIRA (1866-1956)


Estudado,  no dia 19.10.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 09

Fábio de BARROS (1881-1951)


Estudado,  no dia 28.09.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 07

Ângelo GUIDO GNOCCHI ( 1893-1969)


Estudado,  no dia 21.09.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 06

Fernando CORONA (1895-1979)


Estudado,  no dia 14.09.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 05

Tasso Bolívar Dias CORRÊA (1901-1977)


Estudado,  no dia 05.10.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 08

Athos DAMASCENO FERREIRA (1902-1975)


Estudado,  no dia 31.08.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 04

Herbert CARO (1906-1991)


Estudado,  no dia 26.10.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 10

Aldo OBINO (1913-2007)


Estudado,  no dia 09.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 11

Alice SOARES (1917-2005)


Estudado,  no dia 16.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 12

Francisco Rio-pardense MACEDO (1921-2007)


Estudado,  no dia 23.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 13

Frei Antônio do Carmo CHEUICHE (1927-2009)


Estudado,  no dia 07.12.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 15

Carlos SCARINCI (1932-2015)


Estudado,  no dia 30.11.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 14

Walmir AYALA (1933-1991)


Estudado,  no dia 14.12.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 16

João Carlos TIBURSKY (1950 -+17.04.2011)


Estudado,  no dia 21.12.2017, pelo GRUPO de PESQUISA - Registro na ata nº 17

SINTESE das postagens dos PENSADORES das ARTES VISUAIS do RS

Fig. 15 –   A sequência dos pensadores das Artes Visuais  do Rio Grande do Sul necessita ser cotejada e ser estudado caso a caso sem impor-lhes uma lógica externa imperial. É precisamente o Regime Republicano que permitiu estas distinções, ao mesmo tempo a sua propagação e a fecundidade de sua reprodução singular.
[ Clique sobre o gráfico para ampliá-lo.
Este mesmo gráfico será retomado em cada postagem
de cada pensador das Artes Visuais do Rio Grande do Sul ]


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Não há pretensão de lucro ou de apoio financeiro nem ao autor e nem aos seus eventuais usuários
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