sábado, 5 de novembro de 2016

190 – ICONOGRAFIA SUL-RIO-GRANDENSE.



O AQUI e o AGORA das obras das
ARTES VISUAIS na ÉPOCA
PÓS-INDUSTRIAL
na cultura do Rio Grande do Sul.
22.1 – O que se aprendeu com a série de postagens anteriores. 22.2 - A PRIMORDIALADE da OBRA de ARTE: “nada está no intelecto sem passar pelos sentidos humanos”. 22.3 – O desafio LOGISTICO na busca sentido das ARTES VISUAIS nestas CIRCUNSTÂNCIAS ATUAIS e LOCAIS: “os amadores discutem estratégias, os profissionais preferem fala de logística”. 22.4 – O sul-rio-grandense e o seu PROJETO CIVILIZATÓRIA COMPENSADOR da VIOLÊNCIA e da BARBÁRIE. 22.5 – As obras de arte da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. 22.6 – As leituras iconológicas possíveis nas obras de arte da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. 22.7 – Competências e limites. 22.8 – Uma ÉPOCA com obras para mostrar.  22.9 – A apropriação da arte na linha de montagem da ERA INDUSTRIAL.   22.10 – A acumulação em nuvens e esferas numéricas digitais, recursos técnicos próprios e os espaços físicos.  22.11 – A defesa da técnica e da segurança institucional 22.12 – A memória das obras da arte visuais.
José Armando Vargas ALMEIDA (1939-2013) – “O Túnel” -  1981 - Cerâmica da exposição “Caminhos” na PINACOTECA RUBEN BERTA em 08 de outubro de .2014
Fig. 01 –  No vasto CAMPO das ARTES PLÁSTICAS sul-rio-grandenses as experiências sociais, telúricas e econômicas -  que José Armando ALMEIDA[1]  trouxe das profundezas do Rio Grande do Sul – ganham formas sensoriais, únicas e surpreendentes.  O CAMPO das FORÇAS das ARTES é VASTO e COMPLEXO. Na iconografia, a que nos dedicamos, restringe-se o foco para as ARTES VISUAIS. Nesta restrição o foco dirige-se majoritariamente  às ARTES PLÀSTICAS. . As artes são ciumentas e cada qual cultiva distinções, identidades próprias e  intransferíveis. Na ARTE distingue-se a OBRA do TRABALHO, a PERMANÊNCIA e o DESCARTE  o AGIR do FAZER e o GESTO GRATUITO do PRODUTO  ONEROSO.

22.1 – O que se aprendeu com a série de postagens anteriores.

Ima das lições mais profundas e recorrentes, destas postagens, foi a verificação concreta de que o  TEMPO é contínuo e todos estamos mergulhados neste contínuo histórico. Quanto a isto Marc Bloch nos advertiu (1976: 42)[2] de que:
é tal a força da solidariedade das épocas que os laços da inteligibilidade entre elas se tecem verdadeiramente nos dois sentidos. A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja mais útil esforçar-nos por compreender o passado se nada sabemos do presente
Estas épocas arrastam consigo e são legíveis nas formas da sociedade e se funda sob os fundamentos da terra.


[1] PINACOTECA RUBEN BERTA -08 de outubro de .2014 -  A exposição Caminhos - Armando Almeida, uma Visão do Pampa está em cartaz na Pinacoteca Ruben Berta até 31 de outubro. A mostra inclui 45 gravuras e 25 esculturas em terracota produzidas entre 1961 e 2004, apresentando uma visão particular do artista sobre a região do Pampa Gaúcho, onde nasceu e viveu a infância e adolescência.

1 BLOCH, Marc (1886-1944)  . Introdução à História.[3ª ed] Conclusão de Lucian FEBVRE - .Lisboa :Europa- América  1976  179 p.

Fig. 02 –  Ao submeter o  VASTO e COMPLEXO CAMPO das FORÇAS das ARTES às coordenadas cartesianas (X-Y-Z ) cria-se uma suspensão de juízo (epoché) e um distanciamento do antropomorfismos da origem dos objetos de estudo. Com este distanciamento - e por meio da suspensão provisória de um juízo definitivo - é possível  distinguir - na ARTE -  a OBRA do TRABALHO, a PERMANÊNCIA do DESCARTE  o AGIR do FAZER e o GESTO GRATUITO do PRODUTO ONEROSO. 
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 Por meio da suspensão de um juízo definitivo, radical e pelo distanciamento intelectual é possível separar o TEMPO do Rio Grande do Sul do contínuo do TEMPO universal. TEMPO que é um contínuo e na concepção de Leonardo da Vinci tudo o que contínuo é possível dividir em infinitas partes[1]. Por sua vez esforçarmos para compreender o  PRESENTE sul-rio-grandense no segmento das artes  visuais. Aceito este projeto, este problema e estas hipóteses trata-se de buscar informações, pesquisas e reflexões do que possuem por objeto o  PRESENTE  no segmento das artes  visuais no interior dos atuais limites sul-rio-grandenses da SOCIEDADE (X), do TEMPO (Y) e LUGAR (Z)
Fig. 03 –  Não é possível falar e sustentar que não existem alguns traços em comum as diversas manifestações das artes no Rio Grande do Sul. Isto apesar de reconhecer preliminarmente que o CAMPO das FORÇAS das ARTES é VASTO e COMPLEXO. A hipótese é de que este vasto conjunto deriva, é produzido, e reproduzido, pela mesma SOCIEDADE, mesmo LUGAR geográfico e pela sincronia do mesmo TEMPO.
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Porém não se trata de uma mera narrativa descritiva das práticas, da identificação dos seus agentes ou uma crônica dos eventos das artes visuais sul-rio-grandenses. No núcleo, do presente projeto,  encontra-se a necessidade de encontrar a mentalidade que alimenta e conduz um pacto social, politico, técnico e econômico. Pacto, ou  sua falta, que motiva, move e orienta este PRESENTE das artes visuais sul-rio-grandenses. Na hipótese  aceita-se de que medida em que a arte materializa em obras sensíveis á percepção humana este pacto ou projeto estadual possui uma reserva imensa de expressões sensíveis nestas manifestações superiores e universais.
Fig. 04 –  Esta obra de Lucas STREY é um metáfora dos cheios e vazios, das contradições e complementariedade que o CAMPO das FORÇAS das ARTES VISUAIS do RIO RANDE do SUL apresenta e reproduz. Na iconografia, a que nos dedicamos, a OBRA é culminância positiva do TRABALHO, a PERMANÊNCIA é o complemento do DESCARTE do molde,   o AGIR com realização do FAZER e o GESTO GRATUITO criador do PRODUTO valioso.


Evidente que estes signos sensíveis foram manípulos e se perfilaram e magnetizaram em campos de interesses de toda ordem. Porém quando estas forças se gastam e se dissipam, em formações diferentes, é necessário acompanhá-las, conhecê-las melhor, oferecer-lhes outra vida e sentido próprio.  É a tarefa de novas narrativas. Estas novas narrativas estão apontando para o espaço numérico digital que estão configurando o conjunto de uma infraestrutura designada provisoriamente de Época Pós-Industrial. Este espaço é de circulação planetária e pode incorporar as manifestações estéticas de outras eras e lugares distantes de seu foco inicial de produção. Se estas narrativas necessitam serem traduzidas para outras línguas, as imagens não possuem esta necessidade. Assim como os sons são universais os ícones circulam livre e desimpedidamente. 
Fig. 05–  Júlio GHIORZI percorre - por  meio de imagens que ele apropria do longo e do imenso universo da iconografia clássica das artes visuais - antes de iniciar a sua obra pessoal. Isso é possível, e recomendável, na medida em que o artista recém-chegado ao campo das artes visuais sabe que está na heteronomia de outros artistas e mestres antes de lançar a sua obra sabe o lugar e tempo para somá-la universo pré-existente. 
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As postagens desde blog estão carregadas de imagens, ícones e gráficos. Assim mantiveram um índice de acessos pelo mundo afora,  ultrapassando os 10.000 acessos mensais especialmente em países de alta e continuada formação estética.

Certamente “o meio é a mensagem”. Assim é necessário aprender com este novo “meio” como ele é incorporado e se reproduz por tempo indeterminado.

As artes visuais sul-rio-grandenses terão de pagar o preço de administrar a ansiedade por resultados espetaculares, evidentes e rápidos. Parte desta tarefa será o de assimilar esta ansiedade característica de todos os organismos novos que são inseguros de si mesmos.
Fig. 06–  Joyce SCHLEINIGER submeteu-se aos rígidos e éticos ensinamentos do se mestre Fernando CORONA para iniciar o seu caminho nas artes visuais.   O tema do seu meio social possui como motivação  um Novo Mundo e uma terra povoado de juventude.  Os novos materiais expressivos  e a clássica argila conferem sustento material e técnico para o seu universo imaterial.

22.2 - A  PRIMORDIALIDADE da OBRA de ARTE: “nada está no intelecto
sem passar pelos sentidos humanos”.

Qualquer que se aproxima e presta um mínimo de atenção percebe que no PRESENTE ocorre uma intensa e continuada produção de obras visuais sul-rio-grandenses. Nas postagens anteriores buscou-se informações, se sistematizaram dados escritos e visuais de artistas do passado. Com os seus ciclos de produção encerrados facilitam as narrativas, os juízes e as conexões com as suas circunstâncias.

Na medida em que estes ciclos de produção de obras de arte se encerram, eles abrem espaço, tempo e material empírico para as PESQUISAS ESTÉTICAS INOVADORAS E AUTÔNOMAS que tragam para o estudo, o conhecimento, a sistematização e divulgação do saber estético produzido pela concepção, produção e recepção das  obras visuais sul-rio-grandenses. Para que se possa perceber o que é autêntico com este LUGAR, TEMPO e SOCIEDADE está a disposição uma intensa e cada vez mais volumosa ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA com aquilo que se passa nas artes visuais fora das fronteiras sul-rio-grandenses. Esta  ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA possui por objetivo afastar as sombras da xenofobia, do bairrismo redutor e de nacionalismos onipotentes. De outra parte esta ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA afasta o colonialismo e a servidão conceitual de culturas que se pretendem hegemônicas na medida em que reconhece os seus limites e competências.

A FORMAÇÃO de uma CONSCIÊNCIA COLETIVA SUL-RIOGRANDENSE é possível na medida em que as artes visuais - praticadas no âmbito sul-rio-grandense – constituem índices criados, se movem e se orientam no âmbito de um potencial  pacto social, politico, técnico e econômico.
Fig. 07–  Obra de Hélio FERVENZA exposta no 55ª Bienal de Veneza  . As buscas de Hélio FERVENZA conjugam espaço arquitetônico, semiótica e signos visuais constituindo um universo de extrema depuração e rigorosa seleção dos seus meios sensoriais. Este universo depurado e ascético é sustentado, e legitimado, pelo universo imaterial de conceitos e de referências sutis que apresentam  desafios criativos e originais. Desafios que deslocam  o seu expectador para  problemas inesperados e que exigem dele repertórios que recapitulam um passado intrigante e o preparam para outros tantos desafios.

22.3 -  O desafio LOGÍSTICO na busca de
sentido das ARTES VISUAIS
nas CIRCUNSTÂNCIAS ATUAIS e LOCAIS

As barreiras a serem TRANSPOSTAS no RIO GRANDE do SUL ATUAL ÉPOCA são PROBLEMAS inerentes à ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. O artista visual sul-rio-grandense continua ativo, produtivo e apto a mostrar as obras resultantes do seu trabalho. Esta evidenciação determina as novas circunstâncias nas quais circulam os amadores e os profissionais. Em arte acontece um fenômeno semelhante do ocorre na Historia. Os “amadores discutem estratégia, mas os profissionais preferem falar de logística" escreveu (1995, p.14)[1] pernambucano Evaldo Cabral de Mello. A logística da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL abastece os profissionais das ARTES VISUAIS com recursos inesperados. Recursos como equipamentos e veículos, tanto meios para a sua produção técnica de suas obras como para fazer circular e receber feedbacks imediatos dos mais distantes lugares.   


[1] MELLO, Evaldo Cabral de (1936 A fronda dos mazombos nobres contra mascates: Pernambuco 1666-1735- São Paulo: companhias as Letras.1995 30 p IBSN 85-7164-563-5
Fig. 08–  O jogo poético e onírico de Eduardo Viera da Cunha entrelaçam signos de um universo infantil com cenários de erudição e de conhecimento técnico adulto. . A pintura transcende o fotógrafo e  se constitui na maestria no uso da tinta sobre a superfície comandada e ordenado  por um desenho rigoroso.

Diante desta abundância logística da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL e deste campo aberto da atualização instantânea, a ARTE possui todas as razões de evitar, contornar e fugir dos becos rançosos daqueles que TOMAM ou que pretendem TOMAR POSSE DELA. A lógica e a dinâmica da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL possui toda razão de ultrapassar qualquer quadro mental estreito de seus pretensos mediadores, atravessadores e aqueles que a julgam ter a ARTE por refém perpétua. A lógica e a dinâmica da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL possibilita identificar aqueles seres humanos que souberam lidar com estas energias, indicar alguns equipamentos mentais para percebê-la e indicar alguns indicadores das suas expressões físicas. De outro lado estas energias imponderáveis, estas manifestações tão originais e desmesuradas para a mente e o corpo humano exigem e permitem meios para uma renovação permanente, buscas sem fim e a criação continuada de OBRA de ARTE. A sequência ininterrupta destas OBRAS de ARTE continua a emitir sinais de que APENAS ela está INICIANDO, como aconteceu em todos os TEMPOS e LUGARES onde ela se manifestou.

Muitos artistas visuais do Rio Grande do Sul passaram toda a sua existência, e continuam a passar,  na renovação permanente, nas buscas sem fim e na criação continuada de obras de arte.
Fig. 09–  A obra de Danúbio  GONÇALVES, de 2007, busca signos na longa espera, nas lutas sangrentas e na definição das fronteiras das terras que lhe cabiam fizeram do sul-rio-grandense um SER com uma singularidade.. Esta constante oscilação entre polo opostos e antagônicos foram inculcadas em suas manifestações superiores e nelas estão radicadas. As artes visuais sul-rio-grandenses expressam esta bipolaridade frente a qualquer pretexto.  No plano material das diversas infraestruturas - pelas quais este SER sul-rio-grandense  evoluiu – são visíveis as expressões estética ligadas e provenientes da época do pastoreio da era agrícola, da era-industrial.
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22.4 -  O sul-rio-grandense e o seu
PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR
da  VIOLÊNCIA e da BARBÁRIE.  

 As continuadas épocas  PERPASSAM o  PASSADO, o PRESENTE CONCRETO e ATUAL se precipita para um FUTURO de rumos incertos. No entanto cabe à criatura humana orientar estes caminhos da  mesma forma como ela é competente para lidar com as forças da Natureza. A materialização desta orientação é perceptível nos índices sensoriais humanos das obras de arte. Não se trata de causa e efeito, mas do pensamento, dos projetos e sentidos atribuídos às obras de arte. Evidente que o FUTURO se afigura de rumos incertos. Porém estes RUMOS dependem dos projetos, dos condicionamentos e recursos disponíveis no PRESENTE. Certamente existem artistas e civilizações que entram em contradições, desistem dos seus projetos e se lançam na busca de uma eternidade imponderável. Eternidade que é o triunfo definitivo do CAOS PRIMORDIAL e DESPROPORCIONAL às medidas e aos limites da CRIATURA HUMANA.

No contraponto é possível afirmar, e verificar empiricamente, as intensas e variadas atividades dos artistas visuais sul-rio-grandenses. Atividades que permitem afirmar que estes artistas estão distantes de abismo da eternidade imponderável e apocalíptica.

É possível calar o artista visual sul-rio-grandense, enclausurá-lo no silêncio e praticar todas as violências imagináveis contra a sua disposição e a sua coragem de continuar a produzir a sua obra. Esta violência já aconteceu em todas as épocas e todos os lugares, inclusive no Rio Grande do Sul no passado recente e remoto. O sucesso desta violência acontecerá na medida em que esta potência tiver a fortuna de fazer desaparecer toda e qualquer imanência do próprio mundo dado e conferível pelos sentidos humanos. Neste caso, conforme Hannah Arendt (1983 272 e 352), será  impossível qualquer transcendência”. A Arte perde seu sentido civilizatório. É uma das muitas razões pelas quais numerosos tiranos acabam se suicidando e, assim, calando e aniquilando os seus próprios sentidos e ou são mortos pelo vencedor.
Fig. 10–  Flávio SCHOLLES ostenta uma trajetória realizada pelas tintas e pinceis. Ele cria e percorre a iconografia que nascem de suas experiências empíricas do meio rural no qual implantou o seu atelier. . Uma pintura nestas circunstâncias é um índice do LUGAR, do TEMPO e da SOCIEDADE na qual vem ao mudo pelas mãos e mente do artista. As obras de arte são seus documentos. Esta mesma SOCIEDADE, este TEMPO e este LUGAR  são únicos e não repetitivos.

Em outro quadro a ARTE possui papel semelhante ao espaço da contemplação. Na concepção de Arendt (1983: 363) .

 Seja o que for, a experiência fundamental na origem da inversão, da contemplação e da ação, foi exatamente que o homem não pôde apaziguar a sua sede de conhecer senão depois de colocar a sua confiança na engenhosidade de suas mãos. Não foi porque a verdade e o conhecimento perdessem a importância, mas foi porque não se podia esperar mais  através da «contemplação» do que pela «ação»”.

A arte sul-rio-grandense continua ativa, produtiva e apta para mostrar as obras resultantes do seu trabalho.  Obras das artes visuais resultantes da lenta fecundação, concepção e da elaboração da sensibilidade sul-rio-grandense. Sensibilidade mergulhada na soma das necessidades da sua preparação, da criação estimulada pela efetiva contemplação de quem a recebe esta obra. Obra aberta e estimulante que determina as novas circunstâncias de sua percepção, estudo e socialização no interior do Estado e para fora das suas fronteiras geográficas.
Fig. 11–  Regina SILVEIRA percorreu e assimilou os recursos  iconográficos das artes visuais da ÉPOCA PÒS-INDUSTRIAL. Nesta apropriação - de técnicas e imagens - constrói ambientes apropriados a esta infraestrutura. Proveniente da pintura e da gravura artesanal alargou estas técnicas sem perder o seu universo conceitual de pertencer ao seu TEMPO, ao  seu LUGAR e à SOCIEDADE da IMAGEM

22.5 -   As obras de arte da
ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL

O trabalho que se afigura urgente e essencial para as artes visuais sul-rio-grandenses da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL é o pensamento que permeou as obras de arte do PASSADO. Pensamento vigente e autônomo  no presente e a tensão mental das obras que buscam o futuro. Certamente não se trata de uma tendência estética, de uma escola muito menos de um programa fechado, unívoco e linear. Estes programas o artista deixa para traz na linha de montagem da ERA INDUSTRIAL.

  As obras de arte da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL apontam para campos abertos, múltiplos e simultâneos. Não é campo das facilidades, das induções, constrangimentos e das intrigas ideológicas e dos prêmios a conquistar num projeto unívoco e linear. Ao contrário Arendt aponta (1983 : 155 e 314)[1] que “a força da vida é a fecundidade” ..pois...”o ser vivo não foi esgotado quando ele providenciou a sua própria reprodução”. Em outro trecho da mesma obra ela completa:
« Caso a  força - do processo da produção - seja absorvida e se esgote no produto, a força do processo da ação jamais se esgota num único ato, ao contrário ele pode crescer quando as consequências do ato se multiplicam; estes processos são aquilo que permanece no domínio dos afazeres humanos (...) O processo de um ato pode durar até o fim dos tempos, até o fim da humanidade»[29]
A obra de arte resulta desta força do processo. Esta obra de arte, na sua solidão como obra conclusa e definitiva, é um ponto deste processo que expressa um índice material desta “força da solidariedade das épocas que os laços da inteligibilidade entre elas se tecem verdadeiramente nos dois sentidos” conforme o que já foi visto em Bloch. Bourdieu oportuniza a transposição, da obra de arte, para o mundo da economia simbólica, quando afirma (1987: 177) que “a ‘força do trabalho é capaz de criar uma ‘mais valia’”. O biólogo Maturana Varela completa (1996: 48) que a reprodução e a força do trabalho constituem um além-produto específico da força vital humana”.  Deste além-produto resultam as obras de arte e também aquelas da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL.


[1] - ARENDT. Hannah (1907-1975).Condition de l’homme moderne. Londres: Calmann-Lévy, 1983, 369 p. https://fr.wikipedia.org/wiki/Condition_de_l%27homme_moderne
Mário CLADERA (1958-  ) - título DIMENSÃO PÚBLICA – ano 2014 - solda ferro
Fig. 12–  A obra tridimensional de Mário CLADERA remete para as experiências da transgenia que auscultam e testam os códigos genéticos.  Evidente não se trata de uma ilustração e muito menos um projeto. Trata-se da liberdade visual, plástica e sensorial tanto do artista criador como para o seu espectador e o cúmplice.


22.6 -   As leituras iconológicas possíveis nas obras de arte da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL

O artista visual sul-rio-grandense é fiel ao desafio de tirar o máximo de conteúdo mental e significativo do mínimo material. Quer que se trate do desafio do recurso aos meios tecnológicos de vanguarda ou, então,  se  auto limitar à “tinta sobre uma superfície” num o exercício ascético que o torna universal e compreensível e aceito em todas as latitudes, povos e tempos.

Evidente que houve esforços de buscar “o tipo gaúcho”. Estes esforços foram recentes e maioria das vezes importado dos hábitos e costumes dos povos da Bacia do Rio da Prata. De outra parte os costumes, hábitos e tipos importados de outras culturas elas resultam de modelagens folclóricas comandadas pela indústria e o comercio de povos hegemônicos e mais atentos à sua própria identidade visual.

 Trata-se, pois, de mergulhar a atenção, as buscas visuais e formação da imagem sul-rio-grandense. Imagem cuja fonte é o ENTE humano nas suas diversas e fecundas interações possíveis ao SER mergulhado e respondendo ao seu TEMPO, sua SOCIEDADE e ao seu LUGAR.
18.03.2014 - encontro de grafite no túnel rsmm becker
Fig. 13–  A apropriação icônicas da 1ª Perimetral de Porto Alegre, no trecho do túnel da Conceição, contou com um grupo de grafiteiros  com um contrato público e com garantias de execução e proteção oficial.  As pichações indiscriminadas e as apropriações forçadas do espaço público - vistas com tabu -  são possíveis transfigurar em complementariedade na medida da existência de uma efetiva educação estética desenvolvida no interior de projeto civilizatório compensatório da violência.

  Não se tata de nenhum ecletismo visual, muito menos de qualquer estilo insustentável para além da mente do seu autor. Trata-se de um longo e imprevisto caminho revelado pelas pegadas do andar do artista e materializadas nas suas obras. Trata-se de perambular, experimentar e produzir rastros legíveis de sua passagem por meio do corpo físico nas suas obras materiais.

Cabe ao observador, ao cronista, ao crítico e ao historiador recolher, examinar e divulgar os índices dos corpos físicos das obras materiais do artista visual sul-rio-grandense.
Fig. 14–  A atividade tridimensional na artes visuais esta ganhando artistas, obras e a conquista do espaço público sul-rio-grandense, A Associação de Escultores do Estado do Rio Grande do Sul buscar reunir e coordenador estas energias. Com a aprovação da Lei Municipal de Porto Alegre, de nº 10.036 de 08 de agosto de 2006, existe um instrumento legal  para estimular a profissionalização destes setor da artes visuais

22.7 -   Competências e limites



Nas postagens anteriores não se tratou de biografias de artistas, mas do pensamento que comandou os projetos, as realizações e as razões da conservação das obras visuais no Rio Grande do Sul.

As competências e os limites do  artista visual sul-rio-grandense na concepção, criação física e os meios de circulação dependem do seu projeto. Porém este projeto será viável, ou não, e colocado  no âmbito da infraestrutura modeladora da economia, das técnicas e esperanças humanas. Porém não se trata não só de uma determinação de baixo para cima. A irradiação desta potência afeta esta infraestrutura modeladora na medida em que a erudição, o conhecimento e a preparação técnica e instrumental do   artista visual sul-rio-grandense se elevar e consolidarem nas altas esfera da civilização.
Ana HOMRICH (1946 - ) sem título,  2010, dobragem de aço
Fig. 15–  A obra de Ana HOMRICH desdobra a forma metálica, as mutações do brilho e da luz, que incide sobre elas e sua sombra em espaço tridimensional.  Ao se apropria dos produtos da ERA INDUSTRIAL imprime-lhes sugestões poéticas coerentes com a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL e os seus ambientes.

Em todas as etapas que as artes visuais no Rio Grande do Sul foram coerentes com o pensamento que comandou os projetos, as realizações e as razões da conservação das obras visuais. A esperança é de isto continue a acontecer. Para esta continuidade são indispensáveis o exame, o estudo e as conclusões relativas às obras de artes visuais produzidas no limite deste Estado. Exame, estudo e conclusões que necessitam de profissionais qualificados. Profissionais que tenham de fato -  e de direito - condições de exercer seu estudo, obter conclusões coerentes e fazê-las circular.

Este projeto está nos seus primórdios. Porém apresenta belas promessas. Cabe, porém, o aviso de Marc Bloch (2001: 44) de que

será preciso desaconselhar a prática da história a todos os espíritos capazes de serem mais bem utilizados em outro lugar, ou é como conhecimento que a história  terá de provar sua consciência limpa. 

Esta consciência limpa o historiador adquire no âmbito da universidade na qual Max Weber[1] percebe que a sua mais importante lição é a aprendizagem  e a prática do hábito da integridade intelectual. Âmbito para o qual Marcel Duchamp[2] envia o artista. 


22.8 -  Uma ÉPOCA com obras
para mostrar

O fazer estético dos artistas visuais sul-rio-grandenses está rompendo com as intrigas e os patrulhamentos ideológicos vindos de fora e que se apresentam com ares de superioridade na província. Se de um lado isto enseja uma intensa produção não significa que esta quantidade signifique qualidade. Qualidade de algo que ira garantira a permanência destas obras lastreadas por um pensamento de identidade, de coerência interna e externa.

Quantidade que cansa o observador sem lhe retribuir com algo permanente e agregador de uma atenção coletiva. Quantidade que corre o perigo da vulgarização e de consequente descarte com mero trabalho condenada à rápida e implacável obsolescência.

22.9 -  A apropriação da arte na linha de montagem da ERA INDUSTRIAL

O artista visual sul-rio-grandense continua ativo, produtivo e apto a mostrar as obras resultantes do seu trabalho. Esta evidenciação determina as novas circunstâncias.


[1] WEBER, Max. Sobre a universidade. São Paulo : Cortez, 1989.  152 p

[2] DUCHAMP. Marcel “O artista deve ir à universidade?Texto de uma alocução em inglês pronunciada por Marcel Duchamp, num colóquio organizado em Hofstra em 13 de maio de 1960.    Consta em SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par.. Paris Flammarrion, 1991, pp. 236-239

Fig. 16–  A ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL já não possui tempo e nem paciência para dar atenção para intrigas estéticas entre tendências estéticas antagônicas e  pontuais, nem se fixa em cracas conceituais ou se perde na metafísica imponderável que a anestesiam para o AQUI e o AGORA o artista criador e o seu público  . De outra parte os seus recursos técnicos, humanos e conceituais permitem alcançar, selecionar e se  apropriar,  sem depredar, as tendências estéticas de todos os tempos e lugares..
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22.10 -   A acumulação em nuvens e
esferas numéricas digitais,
recursos técnicos próprios e
os espaços físicos .

Na cena da ÉPO PÓS-INDUSTRIAL as acumulações[1] de descartes, a espera da reciclagem, que atulham, que confundem e que desgastam qualquer paciência. Acumulações constituídas por sebos de livros que ninguém lê, por museus que se atulham de obras descartadas que ninguém pediu. Acumulações em feiras que funcionam sem profissionais qualificados e são frequentados por ociosos, atravessadores de ocasião além de algum de algum curioso incauta.
Neste cenário, da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL, o  artista visual sul-rio-grandense continua ativo, produtivo e apto a mostrar as obras resultantes do seu trabalho. Estas novas circunstâncias, de outra infraestrutura material, necessitam de uma lucidez, de uma criatividade nova e de uma sensibilidade única para escolher o que faz sentido para esta sociedade, neste tempo e lugar específico. Este sempre foi o caminho do artista em todos os tempos e lugares.
 Para o artista visual sul-rio-grandense não é o caminho - e nem deixará de ser - apesar de todas os entulhos  de descartes provenientes de centro culturais que se querem de vanguarda, hegemônicos e definitivos.

22.11 -  A defesa da técnica e
da segurança institucional
Ao artista visual sul-rio-grandense cabe o direito à liberdade permanente da pesquisa constante e incansável. Ao Estado a segurança institucional na forma de fiel depositário dos contratos livremente celebrados entre cidadãos e as suas organizações sociais, políticas e econômicas.
O artista como cidadão que principia, que inova e que questiona tudo o que contrário à vida e a sua expressão mais civilizada é rotulado, pelo Estado,  como um temerário inútil neste seu odo de pensar e agir. De outra parte ao artista cabe reconhecer que o sobre-humano e transcendência, que ele busca, não será possível sem a imanência.
Fig. 17–  Ao cotejar as forças ponderáveis e previsíveis das Ciências Exatas com os campos livres e imponderáveis da Arte existem evidentes distinções entre os dois. No entanto são polos opostos e contrários na aparência. Nesta aparente contradição e oposição é possível trabalhar na complementariedade.   Ciências Exatas necessitam da criatividade e da inventividade das Artes. Em compensação as Artes podem exercer o seu poder de transcender na medida em que a sociedade tiver um projeto, a economia for sólida e a política tiver um pacto com leis conhecidas,  respeitadas e praticadas efetivamente.
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Imanência que inicia no seu atelier por meio do domínio da linguagem, da técnica e do modo prático de agir. Imanência que continua no OUTRO no modo deste olhar e  perceber a obra de artes visuais produzida. Imanência de uma sociedade dada e concreta para a qual nem tudo é possível em todos os tempos. A relativa recente criação dos Estados Nacionais teve concretamente as mais contraditórias expressões de amor e de ódio em relação ao direito à liberdade permanente de o artista pesquisar de forma constante e de maneira incansável.

A virtude não se encontra no meio termo. O ponto deste equilíbrio é resultado de uma homeostase constante  entre as forças contrarias da sociedade, da economia e da política. A obra do artista materializa para os sentidos humanos esta homeostase constante entre as forças contrárias
Fig. 18–  As expressões da música sul-rio-grandense sempre foram fortes e amplamente divulgadas Brasil afora.  Elis Regina foi uma destas vozes com recepção unânime e com um uma rara fortuna de memória  nacional e regional. Esta circulação o fortuna de recepção são possíveis também nas artes visuais e que possuem muito pontos de contato reciproco com a arte dos sons. Elis Regina também foi marcada pelo sul da mesma forma do Maria Lídia Magliani nas palavras do crítico Jacob KLINTOWITZ. Diante disto  foi desnecessária - para ambas as artistas - qualquer “TIPOLOGIA GAÚCHA” de marketing e de propaganda comercial.

22.12 -  A memória das
obras da arte visuais



Não faltam em Porto Alegre potencial para a atualização da inteligência estética. O mesmo não pode ser dito em relação à PESQUISA PERMANENTE especialmente no plano da reflexão e sua devida circulação entre os artistas e ampla divulgação no meio cultural local

Assim o projeto dirige-se em direção de abrir espaço e tempo para PESQUISA, para as NARRATIVAS dos RESULTADOS e uma reflexão a partir do AGORA, do RIO GRANDE do SUL e dos AGENTES de PESQUISA e de REFLEXÃO domiciliados no RIO GRANDE do SUL

Não é de procurar ou esperar uma síntese das obras dos artistas visuais sul-rio-grandenses. Nem ao menos uma identidade comum e única. Neste sentido não faltam tentativas como aquela do crítico Jacob KLINTOWITZ quando escreveu (2013)  em relação à MAGLIANI:

“Os nossos invernos, as estações bem definidas, a solidão da planície pampiana, a tradição de cultivar o essencial, o ascetismo da formação gaúcha, tudo me fazia acreditar que ela bem representava o sul”.

   A intensa migração para o meio urbano, os campos dominados por fungicidas e herbicidas seletivos, por espécies vegetais e animais  transgênicos e as rotas indicadas pelo GPS estão a espera de uma geração de artistas visuais criados e educados nesta nova infraestrutura.
Fig. 19–  A Associação Francisco Lisboa  possui como projeto manter formas públicas de pertencimento e de interação dos profissionais das artes visuais com a sociedade civil do Rio Grande do Sul e com os poderes constituídos do Estado do Rio Grande do Sul. Este projeto mantido vivo por uma longa série de iniciativas, de ações e obras de associados e de sucessivas direções renovadas desde 1938.  

No amplo plano trata-se de escolher entre uma sociedade aberta ou fechada. As artes visuais sul-rio-grandenses apontarão para o risco, a ousadia e resultados sempre em jogo se o pacto social, politico, técnico e econômico tender para a abertura democrática. No contraditório, se as artes visuais sul-rio-grandenses emitirem nítidos sinais de estetização em cânones legíveis, unívocos e previsíveis, serão índices de que elas enveredaram pelas tendências econômicas, sociais e políticas fechadas e formais, como aconteceu em todas as ditaduras de todos os tempos e lugares.

Na conclusão é necessário admitir que obra física dos artista sul-rio-grandenses é primordial. A partir desta obra primordial os seus observadores, cronistas, críticos e historiadores terão documentos para configurar a identidade e os rumos de um projeto e de um pacto social e econômico e político coerente com o lugar tempo e sociedade da qual emergem estas obras físicas.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

CIRCUNSTÂNCIAS das ARTES VISUAIS no RIO GRANDE do SUL na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL

DIACRONIA e SINCRONIA das ARTES VISUAIS do RIO GRANDE do SUL nos seus ESTÁGIOS PRODUTIVOS.
ESCULTORES do RIO GRANDE do SUL

EXPRESSÕES de AUTONOMIA da ARTE no INSTITUTO de ARTES da UFRGS

 GUARDIÕES de SEMENTES da ARTE do RIO GRANDE do SUL

FONTES BIBLIOGRÁFICAS das  ARTES VISUAIS  SUL-RIO-GRANDENSE

HÉLIO FERVENZA na BIENAL de VENEZA

ISTO NÃO é ARTE: - Sumário

Júlio GHIORZI

 MAGLIANI a solidão do corpo  de RENATO ROSA o livro  2013 PDF

NOMES de ARTISTAS  VISUAIS  SUL-RIO-GRANDENSES
NICO ROCHA
No SANTANDER CULTURAL

PINTURAS TUNEL CONCEIÇÂO POA-RS

PROJETO CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR e o SIGNIFICADO para o ESTADO.

TRANSFORMAR a CONTRADIÇÃO em COMPLEMENTARIEDADE.
Fig. 20 –  Marciano SCHMITZ pertence a uma geração de artistas de Novo Hamburgo e que se formaram no âmbito da ERA INDUSTRIAL  e cuja culminância foi a fabricação em série de objetos de couro. Esta geração continua a sua produção e criação estética na ÉPOCA PÓS-IDUSTRIAL. As suas obras retornaram para a proporção humana. De outra parte o ascético exercício da TINTA sobre a SUPERFÌCIE ganhou a liberdade estética e se distanciou  da sina de servidão de correntes estética das modas passageiras e impostas por centros hegemônicos que necessitam de colônias de prosélitos a que impõe a sua vontade centralista, a inteligência  submissa e a sensibilidade uniforme e unívoca.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS.
ALVES de Almeida, José Francisco (1964).  A Escultura pública de Porto Alegre – História, contexto e significado – Porto Alegre: Artfólio, 2004  246 p.

ARENDT. Hannah (1907-1975).Condition de l’homme moderne. Londres: Calmann-Lévy, 1983, 369 p. https://fr.wikipedia.org/wiki/Condition_de_l%27homme_moderne

ARTISTAS PROFESSORES da UFRGS - obras do acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. Porto   Alegre : Ed. UFRGS,  2002. 127 p.

ATELIER LIVRE: 30 anos. Porto Alegre : secretaria municipal de cultura/  Coordenação de Artes Plásticas.  1992, 100p.

BLOCH, Marc (1886-1944). Introdução à História.3ª. ed. Lisboa: Europa- América  1976  179 p
----------- APOLOGIA da HISTÓRIA ou O Ofício de Historiador – Edição comentada por Étienne Bloch – Prefácio Jacques le Goff – Rio da Janeiro: Jorge Zahar 2001 -159 p   ISBN 978-85-7110-609-3

BOURDIEU, Pierre . Economia das trocas simbólicas. São Paulo: EDUSP- Perspectiva
         1987  361p.

DUCHAMP. Marcel “O artista deve ir à universidade?Texto de uma alocução em inglês pronunciada por Marcel Duchamp, num colóquio organizado em Hofstra em 13 de maio de 1960.    Consta em SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par.. Paris Flammarrion, 1991, pp. 236-239

GONÇALVES Flávio A disciplina do deslocamento in Projeto Percurso do Artista 2010: Nico Rocha/ catálogo da exposição organizada pelo Departamento de Difusão Cultural da UFRGS: artista Luiz Antônio Carvalho da Rocha. Porto Alegre: UFRGS 2011, pp.15-43 ir

MATURANA R., Humberto (1928-) e VARELA. Francisco (1946-). El árbol del conocimiento: las bases biológicas del conocimiento humano. Madrid: Unigraf. 1996, 219p.

MELLO, Evaldo Cabral de (1936 ) A fronda dos mazombos nobres contra mascates: Pernambuco 1666-1735- São Paulo: companhias as Letras.1995 30 p IBSN 85-7164-563-5

ROCHA Nico Sobre processo e pensamento in Projeto Percurso do Artista 2010: Nico Rocha/ catálogo da exposição organizada pelo Departamento de Difusão Cultural da UFRGS: artista Luiz Antônio Carvalho da Rocha. Porto Alegre: UFRGS 2011, pp.45-83 ir

WEBER, Max. Sobre a universidade. São Paulo: Cortez, 1989.  152 p
Fig. 21 –  Maria Annita TOLLENS LINCK elevou a cerâmica ao nível erudito e formou  uma geração de ceramistas  sul-rio-grandense. Nesta erudição legitimou esta técnica para se constituir num meio de criação estética e libertando-a da sina de servidão e uso exclusivo utilitário


POSTAGENS RELATIVAS e FUNDANTES deste CICLO das LEITURAS ICONOLÓGICAS SUL-RIO- GRANDENSES.

176 – Grupo de pesquisa da AAMARGS. 09 de AGOSTO de 2016
O Grupo de Pesquisadores é uma resposta ao pedido da presidência da Associação de Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (AAMARGS). A AAMARGS é a instituição legal[1] e a contrapartida da Sociedade Civil ao Estado do Rio Grande do Sul que criou e  mantém o Museu de Arte desde 1954.

177 – ICONOGRAFIA INDÍGENA SUL-RIO-GRANDENSE. 15 de AGOSTO de 2016
Artes visuais indígenas sul-rio-grandenses
Continuação e complemento de Artes Visuais sul-rio-grandenses –

178 – ICONOGRAFIA MISSIONEIRA  SUL-RIO-GRANDENSE. 21 de AGOSTO de 2016
O projeto civilizatório jesuítico  no Rio Grande do Sul
Continuação e complemento de Artes Visuais sul-rio-grandenses – 04

179 – ICONOGRAFIA AFRO SUL-RIO-GRANDENSE.    26 de AGOSTO de 2016
Continuação e complemento de Artes Visuais sul-rio-grandenses – 05

180 – ICONOGRAFIA  SUL-RIO-GRANDENSE.            07 de SETEMBRO de 2016
O projeto iluminista no Rio Grande do Sul.
13.02 - UMA OBRA das ARTES VISUAIS AÇORIANAS SUL-RIO-GRANDENSES
Continuação e complemento de Artes Visuais sul-rio-grandenses – 06

181 – ICONOGRAFIA  SUL-RIO-GRANDENSE.                 12 de SETEMBRO de 2016
O projeto imperial na província sul-rio-grandense
14.0 - Uma obra de Manuel Araújo Porto-alegre como índice da busca da autonomia das artes visuais brasileiras que se moveram no paradigma político da independência em oposição ao paradigma do vassalo colonial dependente.
Continuação e complemento de Artes Visuais sul-rio-grandenses – 07

182 – ICONOGRAFIA  SUL-RIO-GRANDENSE.                  19 de SETEMBRO de 2016
O projeto imperial é substituído pelo projeto republicano sul-rio-grandense
15.0 - Uma obra de Pedro Weingärtner colocada entre os paradigmas imperiais e os republicanos brasileiros.
Continuação e complemento de Artes Visuais sul-rio-grandenses – 08

183 – ICONOGRAFIA  SUL-RIO-GRANDENSE. 28 de SETEMRO de 2016
16.0 -  Dos primórdios do ILBA-RS e  a sua Escola de Artes Uma OBRA de LIBINDO FERRÁS como índice da origem  da PINACOTECA do INSTITUTO de ARTES da UFRGS
http://profciriosimon.blogspot.com.br/2016/09/183-iconografia-sul-rio-grandense.html
Continuação e complemento de Artes Visuais sul-rio-grandenses – 09

184 – ICONOGRAFIA  SUL-RIO-GRANDENSE.       04 de OUTUBRO de 2016
17.0 –   Uma obra de Francis Pelichek como índice  das artes visuais do Rio Grande do Sul e  de um estrangeiro com olhar maravilhado que criou com carinho e competência profissional a partir da cultura local
Continuação e complemento de Artes Visuais sul-rio-grandenses – 10
185 – ICONOGRAFIA  SUL-RIO-GRANDENSE.         12 de OUTUBRO de 2016
19.0  - Uma obra de Ado Malagoli: um artista visual erudito paulista como agente  institucional de um projeto civilizatório no Rio Grande do Sul
Continuação e complemento de Artes Visuais sul-rio-grandenses – 11

186 – ISTO É ARTE SUMÁRIO do 7º ANO do BLOG:  ISTO é ART
16 de Outubro de 2016
187 – ICONOGRAFIA  SUL-RIO-GRANDENSE.  21 de Outubro de 2016
18.0 - Obras do espanhol FERNANDO CORONA como agente ativo e identificado positivamente com a cultura do Rio Grande do Sul.
Continuação e complemento de Artes Visuais sul-rio-grandenses –

188 – ICONOGRAFIA  SUL-RIO-GRANDENSE. 25 de Outubro de 2016
20.0 -  Uma obra de artes visuais do cidadão Iberê Camargo.
Continuação e complemento de Artes Visuais sul-rio-grandenses – 13
189 – ICONOGRAFIA  SUL-RIO-GRANDENSE. 29  de Outubro de 2016
21 - Obras de MAGLIANI como índices ativos e identificados positivamente com a condição humana da vida na cultura do Rio Grande do Sul.
Continuação e complemento de Artes Visuais sul-rio-grandenses – 14


[1] - A AAMARGS teve o seu Estatuto aprovado em Assembleia Geral Extraordinária em 05.11.2013 e registrado no Registro Civil de Pessoas Jurídicas de Porto Alegre em 21.01.2014
Fig. 22 –  O eixo  horizontal da paralelo 30º Sul confere ao território do Rio Grande do Sul um clima no qual o frio antártico do vento Minuano se defronta com o mormaço amazônico e que se equilibram reciprocamente neste espaço terrestre . Território servido por um mar de água doce, situado numa placa tectônica estável firme, sem terremotos e com relevo que favorecem animais vegetais de todas as latitudes. As artes visuais, praticadas neste território,  refletem e expressam estas condições telúricas.  
[Clique sobre o mapa para poder ler)
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