domingo, 14 de fevereiro de 2016

148 – LOGÍSTICA em ESTUDOS de ARTE CRITÉRIOS de CRIATIVIDADE

A Educação Criadora nas Artes
SAUNDERS, Robert, «A educação criadora nas artes» .AR´TE 10. São Paulo : Max          Limonad. Ano II,  nº 10, 1984.  pp. 18/23.
       
Durante toda a Idade Moderna, as artes visuais têm sido as maiores herdeiras da criatividade e um repositório da imaginação. A palavra “criatividade”, em termos comparativos, tem origem recente. A palavra “imaginação” é mais antiga mas hoje significa a mesma coisa. No pensamento educacional atual, a criatividade é tida como o resultado final de uma série de interações dos processos ou das faculdades mentais. Essa abordagem dá continuidade a uma visão da psicologia que remonta aos séculos XVII e XVIII.

        Durante a maior parte da Era Cristã, a imaginação foi considerada metafísica. Atuava inteiramente dentro do intelecto, ou da mente, e resultava em imagens que pareciam visionárias. Era chamada frequentemente de “inspiração”. O artista era considerado divinamente inspirado quando criava trabalhos sacros como oratórios, o teto da Capela Sistina ou a Última Ceia. Mas pensava-se que tinha ligações com Satã quando se dedicava a trabalhos profanos tais como dissecação de cadáveres para pesquisas anatômicas, desenhos de máquinas voadoras, alquimia ou ocultismo.

        No século XIX, Elizabeth Peabody considerou a imaginação um poder que tanto poderia ser usado para o bem como para o mal (Peabody, 1886). Por volta dos anos 10 e 20 deste século, os guias de currículos começaram a registrar o desenvolvimento da imaginação e da criatividade como uma das metas e objetivos do ensino da arte. Continuam assim até hoje. A faculdade de criação e a imaginação permanecem sagradas, intocáveis pelas mãos dos professores, e insuficientemente entendidas. Elas vêm sendo questionadas e começam a ser exploradas.

PESQUISA EM CRIATIVIDADE


        J. P. Guilford, em seu primeiro discurso (1950) como presidente da Associação Americana de Psicologia, rotulou a falta de pesquisas sobre criatividade realizadas por psicólogos como “espantosa”. Citou que em 23 anos de publicação do Psychological Abstracts, arrolando 121.000 títulos, apenas 186 diziam respeito à criatividade, à originalidade e à imaginação (Guilford, 1962, p. 153).

        Guilfford trabalhava naquela época em seu programa de pesquisa no Departamento de Psicologia da University of Southern California, para descobrir o que tornava os cientistas e os engenheiros mais criativos do que outras categorias de indivíduos. Ele e seu corpo de pesquisadores usavam uma série de testes verbais e escritos. Perceberam que seus objetos de estudo possuíam um conjunto específico de fatores que as outras categorias de indivíduos não tinham.

        Na mesma época, um grupo de doutorandos sob a direção de Victor Lowenfeld, no Departamento de Arte-Educação da Pennsylvania State University, estava trabalhando sobre uma série de testes não-verbais, visuais e de manipulação. Queriam descobrir as diferenças existentes nos processos mentais e nas técnicas de resolução de problemas entre estudantes universitários de arte e outros estudantes universitários de outras áreas. Em 1955 já tinham refinado seus estudos e estabelecido resultados suficientes para identificar oito critérios para criatividade.

        Quando esses pesquisadores descobriram em 1955 que Guilford estava fazendo estudos similares, entraram em contato com ele. Com considerável surpresa, cada um percebeu que tinham separadamente identificado os mesmos critérios gerais para a criatividade através de testes diferentes. O grupo da Universidade da Pennsylvania usou testes não-verbais e de manipulação, enquanto o grupo de Southern California usou testes verbais e escritos. Alguns fatores tinham nomes diferentes, mas dados descritivos semelhantes. Outros fatores tinham os mesmos termos de identificação. Dois critérios de Guilford tinham sub-categorias tiradas de sua orientação verbal que podiam ser aplicadas ao aprendizado não-verbal.

        Os dois conjuntos de critérios estão colocados aqui de forma paralela, tirados do relatório de Lowenfeld (postumamente, 1962) e do de Guilford (1959) reeditados no A Source Book for Creative Thinking.
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Guilford expôs suas teorias numa Estrutura do Intelecto na qual um cubo tridimensional dá formação de três facetas do intelecto: 1) Conteúdo, que resulta de dados figurativos simbólicos, semânticos e comportamentais; 2) Operações, pelas quais a mente usa dados como: cognição, memória, produções divergentes, produções  convergentes, avaliação e 3) Produtos, que resultam de operações mentais que lidam com unidades, classes, relações, sistemas, transformações e implicações (Guilford, 1967).
       
        Mary N. Meeker (1969) descreve a interação de vários componentes na estrutura de Guilford com o intelecto e outras teorias da aprendizagem e com testes de leitura, matemáticos e psicológicos. Suas sugestões são orientadas para atividades de escrita. Seus métodos normalmente são verbais.

        A arte e a aprendizagem não-verbal contribuíram com mais fatores para a estrutura do intelecto do que aqueles reconhecidos por Meeker e Guilford em suas publicações. Na verdade, mesmo programadores de criatividade educacional como E. Paul Torrence (1962), Jacob Getzells e Phillip Jackson (1962), John Gowan (1972) e outros parecem negligenciar toda a área da criatividade não-verbal.

        Esses pesquisadores geralmente trabalham com criatividade funcional ou educacional. Essa atitude permite romper limitações acadêmicas, mas não aprofunda esses rompimentos e nem toca na questão da criatividade nas artes. Não consegue lidar com jovens artisticamente criativos que queiram seguir carreira nas artes plásticas, no teatro ou na música. As estratégias desses pesquisadores não foram elaboradas para lidar com uma Isadora Duncan, uma Virgínia Woolf, as irmãs Bronte, ou mesmo com um George Bellows. Na verdade é até mesmo questionável se nossas escolas públicas são capazes de tratar com pessoas como as citadas, ou se existem professores preparados para sentir outra coisa que não seja insegurança ao serem confrontados com crianças-prodígio.

PESQUISA EM CRIATIVIDADE

NA ARTE-EDUCAÇÃO

        A pesquisa em arte-educação preocupada com a criatividade tem focalizado estratégias no desenho e na pintura. Os estudos feitos por Kenneth R. Beittel e Robert C. Burkhart foram publicados em Spontaneous anda Deliberate Ways of Learning (1962). Desde então Beittel expandiu sua pesquisa com técnicas mais sofisticadas e apresentou-a em seu livro Mind and Context in the Art of Drawing  (1972).

        Explicando sucintamente os resultados da pesquisa de Beittel e Burkhart, existiram dois tipos de aprendizagem: a espontânea e a deliberada. O indivíduo espontâneo desenha ou pinta uma linha quebrada e mal traçada, trabalha simultaneamente em diferentes partes de um quadro e desenvolve uma em relação a outra, e pode apagar o que fez e até repintá-lo. O indivíduo deliberado desenha com linhas contínuas, planeja, termina uma área antes de seguir adiante e faz pouca ou nenhuma modificação depois de terminado o trabalho. É evidente e plenamente observável que as pessoas espontâneas trabalham por tentativa e erro. No caso das deliberadas, no entanto, isso já não é tão evidente e muito pouco observável. Esses dois tipos de pessoas podem ser criativos, pois a criatividade não é característica nem da espontaneidade nem da deliberação, mas de uma capacidade de reinterpretar o tema proposto para o trabalho – fazer variações sobre uma natureza morta ou seja o que for – em termos estéticos ou expressivos.

        Beittel descobriu que as mentes não criativas ou acadêmicas davam uma visão literal do tema proposto; assim, um estudante com essas características sentia-se inseguro se seu trabalho não mantivesse um estreito contato com a natureza-morta proposta, por exemplo, e consequentemente tendia a ser um mero copista. Um estudante acadêmico também sempre tendia a trabalhar com tons de cinza intermediários, evitando os riscos de usar sombras muito fortes ou luminosas demais.

        Num artigo conjunto Beittel e Burkhart (1963) relataram suas observações com relação à música. Identificaram Bach como deliberado e Beethoven como espontâneo. Uma analogia na poesia pode ser feita entre a estrutura deliberada do soneto e a abordagem espontânea dos versos livres e brancos. No balé, muitas danças contemporâneas são desenvolvidas pelos próprios bailarinos que desenham suas coreografias de forma espontânea, enquanto que o balé clássico com um coreógrafo é infinitamente mais deliberado. Em termos artísticos, alternância em nossa cultura do estilo clássico e do estilo romântico está relacionada com essas orientações deliberada e espontânea. Cada orientação representa uma forma individual e uma estratégia para se levar a cabo a produção de objetos ou a realização de performances dentro do universo das artes.

        Uma descoberta significativa no estudo dos dois pesquisadores: a criatividade aumenta ao invés de ser ameaçada, quando os estudantes voltados para uma dessas duas estratégias eram colocados numa situação em que se pedia para usar a outra. Essa experiência tornava-os capazes de expressar suas ideias tanto de maneira espontânea quanto deliberada, ao invés de apenas em uma delas. O grupo de estudantes não-criativos, no entanto, não conseguia fazer a transferência de sua orientação natural para a outra com tanta facilidade como faziam os elementos do grupo oposto.

        June King McFee (1968)  relatou no estudo, “Creative  Problem Solving Abilities in Art Academically Superior Adolescents”  o que seria relevante para os programas de humanidades básicos de artes. McFee queria saber se estudantes de arte bem sucedidos em termos acadêmicos, mas sem muita criatividade, podiam tornar-se mais criativos através de técnicas específicas de resoluções de problemas em arte. Inicialmente esses alunos foram submetidos a um teste para identificar o alto grau de capacidade em termos acadêmicos que possuíam e a baixa criatividade que imperava entre eles. Depois foram testados novamente para comparar o crescimento. Os estudantes (todos do 9º grau) foram divididos num grupo de controle e num grupo experimental. Ao grupo de controle foi ministrado um programa regular de arte. O grupo experimental tinha o mesmo currículo, mas os métodos de instrução e as discussões em sala de aula eram mais flexíveis, fluentes e sempre possibilitavam aos alunos atitudes criativas. Assim que as barreiras acadêmicas ao pensar foram rompidas,  a verbalização passou a ser necessária. A criatividade começou a ser assumida a nível consciente mais do que inconscientemente, como em muitas atividades artísticas. Os resultados do teste final indicaram que os estudantes de alto nível acadêmico do grupo de controle (que tiveram o ensino tradicional de arte) não tinham feito muitos progressos em termos de criatividade. No entanto, os estudantes também de alto nível acadêmico do grupo experimental (resolução criativa de problemas em arte) fizeram progressos suficientes em termos de criatividade que permitiram indicar, inclusive, que haviam crescido em termos de flexibilidade, fluência, originalidade, produções divergentes e que haviam mudado em atitudes, auto-conceitos, e valores concernentes a fracasso e não-conformismo. Tal evidência levanta sérias questões sobre as formas tradicionais de ensino da arte e sugerem que os métodos usados são a origem real do desenvolvimento do potencial criativo, não somente nas atividades artísticas realizadas em sala de aula.

        As conclusões de McFee indicam que o sucesso no ensino de processos mentais criativos através da arte é mais passível de suceder quando as técnicas e métodos usados enfatizam o processo criativo. A abordagem do processo mental criativo no planejamento de aulas, que será visto brevemente, é uma tentativa de demonstrar que tipo de enfoque deve ser dado aos currículos de arte.

ENFOQUES DADOS AOS CURRÍCULOS DE ARTE

TRADICIONAIS


        Cinco  abordagens são tradicionalmente usadas quando os professores elaboram um curso ou um currículo de arte. No transcurso de um ano (ou em outro espaço de tempo qualquer, suficiente para cobrir um currículo), cada abordagem é usada por um período, dependendo tanto das predileções do professor quanto das circunstâncias. Para um currículo ficar bem equilibrado, cada uma dessas cinco abordagens teria que ser levada a cabo e de cada uma delas deveria surgir um tipo de produção específico (seja ele um objeto de arte, uma performance, ou um tipo de comportamento particular em relação à arte). O modo de o professor conduzir as aulas determina qual abordagem está sendo utilizada, desde que o produto artístico final possa ser o mesmo, usando qualquer uma dessas várias abordagens. As cinco abordagens tradicionais de aulas de arte são:

(1)       Conceitos Artísticos: proporciona conhecimentos em áreas como design, história da arte,  teoria das cores, regras de perspectiva linear, crítica de arte, estética; ou focaliza temas humanistas orientados para a arte, como a arte da propaganda, a arte na guerra e na paz, arte para elaboração de símbolos visuais, arte e imagem do amor, etc.  Essa abordagem tem uma orientação cognitiva e afetiva e não precisa ter como meta final a produção de um trabalho artístico pelos alunos.

(2)       Temas Artísticos: estuda naturezas-mortas, figuras, retratos, paisagens, marinhas, cenas urbanas, desenho ambiental, arte abstrata ou não-objetiva, etc. Tem uma orientação cognitiva e prática. Nessa abordagem não é necessário que os alunos produzam objetos de arte, embora possam produzir pintura, desenho, fotografia ou escultura.

(3)       Materiais Artísticos: enfatiza os materiais usados para elaboração do objeto de arte: creions, nanquim, aquarela, óleo, acrílico, argila, vidro, tecido, filme, etc. Essa abordagem normalmente possui uma orientação psicomotora e resulta num produto artístico, exigindo que a informação cognitiva sobre as convenções e as propriedades dos materiais sejam ensinadas na medida em que se ensina o modo de usar de cada um deles.

(4)       Técnicas Artísticas: enfatiza as técnicas para elaboração de uma produção artística: desenho, pintura, gravura, escultura, modelagem, filmagem, tecelagem, cerâmica, etc. O professor pode escolher ensinar desenho, por exemplo, e daí determinar quais os materiais apropriados para o desenvolvimento da técnica. As técnicas podem ser ensinadas cognitivamente, mas a melhor prova do conhecimento técnico de um aluno virá através da maneira como ele aplicará a técnica para a produção de um objetivo.

(5)       Projetos: preocupa-se com a produção de objetos para a casa ou para outros tipos de uso: cartões de felicitações, máscaras, tijelas ou cinzeiros de argila, etc. Toda orientação é dada no sentido de que se produza algum objeto, normalmente com o intuito de exibi-lo em alguma exposição ou então para ser levado para casa.

Ao selecionar uma ou outra dessas abordagens para um curso, o professor pode se perguntar:  “Quais informações meus alunos precisam ter sobre arte, antes de deixarem meu curso (Conceitos Teóricos)?” “Que tipo de pintura ou escultura meus alunos ainda não fizeram? É primavera, podemos sair e fazer umas paisagens (Temas Artísticos)?” “Deixe ver, usamos creiom na semana passada, o que usaremos nesta (Materiais Artísticos)?” “Ainda não fizemos nenhuma gravura. Mas que tipo de gravura fazer (Técnicas Artísticas)?” E, “O que poderíamos fazer na próxima aula? Daqui uns dias será o Dia das Mães. Ensinarei meus alunos a fazer um cartão de felicitações em forma de flor! (Projeto)”.

       Frequentemente os fundamentos de um curso de arte são baseados não apenas no que o professor sente que o aluno deva saber ou aprender sobre arte, antes de terminar o ano. Muitas vezes o programa é baseado nos materiais disponíveis para a as aulas. Trabalhos com sucatas, com objetos encontrados ao acaso, com lápis ou com outros materiais acessíveis determinam o programa das aulas até que se consiga outros materiais mais apropriados para trabalhos artísticos. A tendência é deixar que o orçamento para as aulas de arte exerçam maior controle sobre as mesmas, do que o currículo, que descreve o que os alunos devem aprender. Um feriado (Dia das Mães, por exemplo) torna-se um motivo para execução de um trabalho; as técnicas ou habilidades a serem aprendidas passam a ter um valor secundário. Às vezes é mínima a habilidade exigida para que o trabalho de um aluno alcance sucesso. Assim os professores, querendo estar certos de que os alunos serão bem sucedidos fazendo qualquer coisa, preferem se utilizar mais de velhas técnicas do que ensinar outras mais novas, que não assegurem um sucesso imediato. Algumas aulas de arte podem ser acadêmicas, outras potencialmente criativas, mas o processo mental da criança quando se encontra engajada no processo do fazer, é frequentemente mínimo ou pouco considerado. A abordagem que se segue pretende dar uma orientação ao professor de arte quando programa seu curso, no sentido de lidar mais intensamente com o processo mental de seus alunos.

ABORDAGEM DO PROCESSO MENTAL CRIATIVO


        Com esta orientação o professor seleciona uma atividade artística baseada no processo mental predominante usado pela criança ao fazer um trabalho de aprendizagem específico, uma performance,  ou um trabalho de arte. A instrução dada pelo professor está baseada na solução de problemas, esteja a classe tratando com conceitos de arte, confrontando temas artísticos, usando diversos materiais, aplicando técnicas, ou realizando um projeto. Certas atividades artísticas se prestam mais a um processo mental do que a outro. O fator que deve predominar na escolha de uma entre as outras é o processo mental principal ou alguns processos combinados usados pelas atividades artísticas. Os exemplos desses processos baseados nos critérios de criatividade estabelecidos por Lowenfeld-Guilford são os seguintes:

        (1) Sensibilidade Para Captar Problemas:  é a habilidade para identificar um problema em potencial antes que ele se concretize, que algo perigoso ocorra, ou antes que seja impossível fazer qualquer coisa para remediá-lo. Médicos, técnicos de laboratório, arquitetos e empreiteiros e policiais têm muita necessidade dessa habilidade. É a habilidade para prever, profetizar ou predizer e para simpatizar com os outros.
        Percebe-se a sensibilidade para captar problemas em um aluno pela sua habilidade de simpatizar com outros sobre um determinado assunto; sabe quando a tinta está muito grossa ou muito rala antes de aplicá-la, sente que a argila pode ficar seca demais devido a manipulação (ou percebe sinais de uma futura rachadura), vê que uma estrutura de blocos pode ruir se se colocar mais uma peça, ou que é necessário mais uma base para sustentá-la, etc.
        Os professores, ao invés deles mesmos fazerem a predição, podem elaborar perguntas como essas durante a aula: O que acontecerá se a tinta estiver muito grossa? Como você pode saber, olhando a tinta no pincel, se ela está grossa ou rala? O que acontece se a argila for trabalhada muito vagarosamente, ou bem depressa? O que acontece se a argila ficar muito seca? O que se faz se o papel estiver dobrado de modo a ficar grosso demais para ser cortado? Quando um aluno pede para apontar um lápis, está querendo dizer que o lápis está com a ponta grossa demais para desenhar um pequeno detalhe ou uma linha muito fina. Se o aluno está com um problema que se desenvolveu sem que tivesse notado, o professor poderá ajudá-lo pedindo para que ele descreva aqueles sintomas iniciais que lhe teriam permitido prever o que aconteceria. (Os sintomas poderiam ter ocorrido abaixo do nível de percepção consciente do aluno).

        (2) Fluência: é a habilidade para pensar várias soluções para um problema, muitos usos para um só material ou objeto, e para conseguir soluções alternativas num certo espaço de tempo. De início a quantidade de soluções para um problema pode ser maior que a qualidade das mesmas, mas com o desenvolvimento da fluência, as respostas estereotipadas tendem a diminuir, dando lugar a respostas mais originais. Os professores que pedem a seus alunos para que pensem em várias soluções ou idéias antes de escolher uma delas para trabalhar, os está ajudando a se tornarem mais fluentes e originais. A fluência verbal pode ser desenvolvida através de sinônimos e na procura de outras palavras para certas cores com o intuito de descrever uma pintura. Mas as crianças também precisam ser introduzidas ao vocabulário específico das artes se tiverem que usá-lo. Fluência Ideativa: pode ser desenvolvida pedindo-se para que os alunos pensem em outros títulos para a reprodução de uma obra de arte ou outro objeto, desenhem ou pintem vários tipos de flores, árvores, casas, carros, ou desenhem um mapa da escola e de suas casas com muitos caminhos diferentes para se ir de uma para a outra. A Fluência Associativa pode ser desenvolvida pedindo aos alunos para identificar ou propor diferentes simbologias para conceitos simples. Por exemplo, eles podem desenhar ou sugerir formas diferentes para indicar o sinal de tráfego “Siga” (cor “verde”, palavra “siga”, policial dando sinal para seguir em frente, levantando uma bandeirola, assoprando um apito). Podem classificar quadros, cartões postais com reproduções de pintura ou outros assuntos em tópicos escolhidos por eles e depois elaborar outros tópicos e reclassificar os mesmos objetos por assunto, cores dominantes, etc. Aquarelas “acidentais” (quando se deixa as cores impregnarem aleatoriamente o papel e daí se passa a procurar formas reconhecíveis nessas manchas de tintas, passando-se a contorná-las), “Rorschachs”  podem ser exercícios de fluência associativa. Rabiscar livremente sobre um papel e depois fazer o mesmo tipo de procura, também. O estudo do simbolismo da cor nas diferentes culturas também é um exercício de fluência associativa. Fluência expressiva é a habilidade de expressar sentimentos de várias maneiras. No trabalho de arte pode ser demonstrado através dos diferentes usos da linha ou da cor para mostrar raiva, alegria, tristeza, aflição, etc. Os objetivos comportamentais no cap. 12, sugerindo danças, produções de obras de arte, poesias e outras formas artísticas para expressar reações ao bombardeio de Hiroshima, ou a morte indiscriminada de crianças, também poderão ser aplicadas aqui para exercitar a fluência. Os alunos também podem selecionar palavras de impacto emocional, desenhar um alfabeto para expressar a palavra escolhida, e dispô-la expressivamente no papel. Também podem estudar a pintura, a dança e o teatro expressionistas.
        Os professores que propõem aos alunos fazerem vários desenhos, antes de escolher um deles, estão encorajando a fluência. O processo de colagem, no qual o aluno é impelido a arranjar as peças várias vezes antes de usar a cola, também exercita a fluência. Essas técnicas também a ajudam a retardar a decisão definitiva até que todas as alternativas possíveis sejam reconhecidas e consideradas.

        (3) Flexibilidade: é a habilidade de mudar de direção no meio do caminho; é a habilidade de reestruturar um projeto quando, ao se iniciar o processo de realização do mesmo, percebe-se uma falha no plano original; é a habilidade de se utilizar um erro ou um acidente ocorrido durante a execução de um trabalho como um caminho para uma nova ideia, ao invés de rejeitar o trabalho já começado, considerando-o perdido. Depois das aulas os cestos de lixo das classes estão cheios de trabalhos potencialmente artísticos (mas com uma ou outra “falha”) que foram jogados fora por alunos que foram induzidos a aceitar o erro simplesmente, ao invés de serem encorajados a adaptá-los – a serem flexíveis. As atividades artísticas que  proporcionam flexibilidade são aquelas que permitem compor e recompor antes  que se decida sobre sua forma final, como colagens, “assemblages” e usar “plastilina”, que pode ser modelada e remodelada mais do que a argila, que normalmente endurece durante o trabalho. Dada uma série de formas geométricas numa folha de papel (ou uma série de formas geométricas recortadas em papel  ou mimeografadas) pode se sugerir aos alunos que desenhem vários objetos que possuam aquelas formas. Respostas similares, como aquela da figura do círculo servindo para que se desenhe moedas de cinco centavos, dez centavos, são exemplos de flexibilidade adaptativa. O conceito de moeda é constante, somente muda a denominação. Respostas diferentes, como copos, uma moeda, o sol, um botão, etc., são exemplos de flexibilidade espontânea. Cada uma delas é um conceito diferente.  Para exercitar a flexibilidade adaptativa, os estudantes podem escolher uma letra do alfabeto, desenhá-la de uma certa maneira (alta-estreita, curta-larga, com o lado esquerdo maior, ou de qualquer outro jeito) e depois desenhar o restante do alfabeto tentando manter o conceito formal que gerou a primeira letra. Podem desenhar suas iniciais num monograma. Podem modelar uma figura em “plastilina” e fazê-la ajoelhar-se, andar ou fazer outras intervenções para exercitar a flexibilidade espontânea: podem usar objetos encontrados aleatoriamente como carimbos, mas no caso devem imprimir vários arranjos diferentes; ou estudar a história dos inventores e/ou descobridores que tiveram erros de julgamento, mas que terminaram encontrando algo mais interessante do que estavam procurando como Colombo que descobriu um novo mundo, ao invés de fazer uma viagem ao Oriente. A história de Charles Good-Year e de Alexander Graham Bell também são dois exemplos de flexibilidade espontânea.

        (4) Originalidade:  é a habilidade de se Ter ideias diferentes daquelas apresentadas pelo professor ou copiadas de outros alunos. Arthur Koestler sugere: “O pré-requisito da originalidade é a arte de esquecer no momento apropriado tudo o que sabemos ou conhecemos.” O método mais racional de identificar a originalidade é com aqueles alunos que mais consistentemente pensam alguma coisa ainda não pensada pelo professor, quando esse pede para que eles façam algo um pouco diferente do que foi determinado. Normalmente as ideias dos alunos são extensões das ideias do professor.

        É difícil averiguar a originalidade dos alunos, ou de quem quer que seja, se não conhecemos a que ideias eles tiveram acesso antes da atividade proposta. O autor, por exemplo, acredita que Paul Cézanne não foi tão original como os historiadores da arte e os artistas pensam, pelo fato de Ter dito que tudo na natureza são formas geométricas, volumes e sólidos – abrindo com essas palavras o caminho para o cubismo. Essa afirmação de Cézanne era a base essencial de todos os manuais de desenho do século XIX. Convivendo com esse conceito desde criança, Cézanne – já adulto – adaptou-o à sua concepção da natureza e à sua teoria da pintura. Foi essa adaptação dos ensinamentos dos simples manuais de desenho às artes visuais que o torna criativo e original. Além disso, embora as sementes do cubismo já estivessem nos manuais de desenho usados nas escolas francesas do século passado – o que significa que vários artistas entraram em contato com elas – nenhum outro artista conseguiu adaptá-los à sua percepção adulta da natureza, a não ser Cézanne.

        Para desenvolver a originalidade, as atividades artísticas devem seguir algumas sugestões que já foram enunciadas quando falamos de “fluência” e “flexibilidade”, pedindo mais que uma solução ou ideia, para que se consiga ir do estereotipado (se as primeiras ideias forem estereótipos ou clichês) às ideias totalmente originais, e para expandir a habilidade dos alunos de terem ideias originais, Andy Warhol fez latas de sopa Campbell’s  gigantes e caixas de Brillo. Roy Lichenstein fez cenas de histórias em quadrinhos. Essas ideias eram originais na época.

        A atitude do professor em sala de aula pode desenvolver mais a originalidade do que a própria aula em si. Durante as discussões em classe questões abertas e divergentes podem trazer respostas mais criativas e originais do que questões fechadas, que permitem apenas um tipo de resposta. Quando se pede aos alunos um exemplo ou uma lista de ideias, eles tendem frequentemente a repetir o que alguém já disse. A atitude do professor pode ser, “Já disseram isso, vocês agora podem tentar pensar num outro exemplo?”. Os alunos podem fazer variações sobre as ideias de outras pessoas, ou fazer combinações de exemplos para estabelecer uma síntese.  

        (5)Habilidade Para Redefinir e Rearranjar: é a habilidade para encontrar outras  palavras ou ideias para definir um problema ou rearranjar fatores e elementos no sentido de conseguir uma solução executável ou uma nova atitude . O compositor que escreve variações sobre um tema de um outro compositor está redefinindo e rearranjando. Quando Picasso colocou um guidão de bicicleta sobre um selim para representar um touro, redefiniu e rearranjou. Quando um aluno faz a mesma coisa num curso de arte, essa atividade é chamada de “arte de sucata”, e ele normalmente chega a realizar atividades deste tipo mais por questões de restrições orçamentárias  do que propriamente por inspiração. Algumas pinturas de Salvador Dali proporcionam ilusões de ótica que nos intriga porque a configuração dos objetos é redefinida quando as observamos. Um tipo de transformação visual semelhante ocorre quando se olha “Hide-and-Seek”,  de Pavel Tchelitchew, na qual rostos de crianças são encontrados nos galhos e nas folhas de uma árvore. Essas transformações visuais são referidas por Guilford como redefinições figurativas. Ellen Raskin, uma autora de livros infantis muito apreciada, usa técnicas imaginativas semelhantes em seu livro Spetacles (1968) no qual os desenhos são feitos para se parecerem com as formas que uma menininha imagina quando olha para objetos sem seus óculos; em seguida outros desenhos mostram os mesmos objetos vistos pela menininha, agora usando óculos. Em Franklin Stein  (1972), Raskin conta-nos sobre um menino que venceu um concurso fazendo um monstro com rodos e outros objetos de uso doméstico. As transformações do menino, e as mudanças de atitude da vizinhança quando ele está construindo o monstro e depois de ter ganho o prêmio, proporcionam uma discussão excelente sobre preconceitos e atitudes. No The Mysteriou Disappearance of Leon (I Mean Noel)  (1971), ela trabalha com o rearranjamento de letras e com o som das palavras.

(6)Análise: não pode ser examinada separadamente, pois inclui outros processos mentais discutidos aqui. É a capacidade de perceber detalhes, separar partes do todo, identificar evidências dentro de um conjunto de coisas, e de extrair significados de símbolos, ao invés de meramente identificar objetos e fenômenos. Cada modalidade sensorial tem um tipo característico de processo analítico. A habilidade visual é a habilidade de interpretar e dar significação a signos e estímulos visuais, e de fazer comparações sobre dados visuais. A análise auditiva é a habilidade de interpretar sons naturais e humanos e dar-lhes significado. Afirmações semelhantes podem ser feitas sobre as modalidades olfativas, gustativas, factuais e cinestésicas.

São três os tipos de atividades artísticas para análise visual: (1) Olhar um objeto e fazer um desenho, uma pintura ou uma escultura tendo-o como modelo; (2) contatos analíticos ou subtrativos com a escultura, e contatos com a gravura através de relevos (linogravura e xilogravura); (3) olhar objetos de arte, reproduções, esculturas e reduções (reproduções de escultura), coletando dados visuais e fazendo análises estéticas (crítica de arte).

Levar os alunos para fora da sala de aula e pedir para que desenhem árvores, casas, a escola ou os prédios da rua; pedir para que em suas casas os alunos desenhem naturezas-mortas, animais, buquês de flores e pessoas. Todas essas atividades exercitam a análise visual.
O desenho do contorno é uma técnica de esboçar a silhueta de uma figura, seguindo a silhueta com os olhos – uma forma de análise visual e de coordenação olhos-mãos.
Os modos de esculpir um bloco, um pedaço de sabão e o gesso são processos analíticos. Fazer linóleos ou xilografias, que requerem planejamento, considerações sobre os espaços negativos e positivos também são processos analíticos. Alunos que fazem modelagem com plasticina ou argila, puxando braços e pernas de uma bola de argila estão utilizando de uma orientação mental analítica.

(7)Síntese: é a habilidade de juntar partes divergentes construindo um todo significante. Em se falando de domínio cognitivo, resulta numa única comunicação. Em arte, é um processo mental que se exercita fazendo mosaicos, colagens, quebra-cabeças (que também permitem análises visuais), “assemblages” e arte de sucatas. Embora o roteiro de um filme envolva processos analíticos consideráveis, a sequencia de imagens visuais para se fazer uma narrativa é um processo de sintetização. Um aluno que pega um pedaço de argila, enrola-o de várias maneiras transformando-o em bolinhas e cobrinhas e depois o rearranja na forma de uma figura humana está pensando mais sintética do que analiticamente. A fotomontagem e a impressão de objetos encontrados ao acaso são também técnicas sintéticas. Todas as técnicas mistas requerem alguma síntese, mas a “resistência ao lápis-cera”, onde se usa principalmente o lápis-cera e depois se adiciona têmpera, nanquim ou aquarela bem rala, é analítico, como o “lápis-cera raspado” – lápis-cera colorido, coberto com nanquim preto que posteriormente é retirado, revelando o colorido subjacente. Os professores que sugerem à classe produzir cartões de felicitações, podem ajudar a capacidade de síntese verbal de seus alunos, colocando várias palavras de felicitações na lousa, deixando-os escolher as combinações que preferirem.

(8)Coerência de Organização: é o resultado final da habilidade de dar unidade, ordem e sistema a um produto, performance, ou tarefa a ser cumprida, e de reconhecer a ordem estética na organização e planejamento de um fenômeno ou de um objeto produzido pelo homem. Os princípios do desenho proporcionam a base para um sentido de ordem, se o aluno ainda não o desenvolveu através de outros processos de crescimento. Os alunos podem aprender equilíbrio fazendo móbiles, esculturas de papel, estruturas com palitos, brincando de gangorra, ou orientando manchas de tinta na superfície de um papel encerado. Podem rearranjar a mobília da classe, e depois analisar como a nova disposição funciona em termos de uso, espaço, tráfego e códigos de prevenção de incêndio. Os alunos podem aprender noções de repetição e contraste através da observação de exemplos encontrados em pinturas, ouvindo exemplos musicais, lendo poemas rimados e metrificados ou categorizando e classificando contos de fadas de acordo com os eventos que se repetem ou não, além de poder classificá-los também pela temática, etc
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Seja qual for a atividade artística ou o produto esperado, a abordagem do processo criativo se concentra mais em auxiliar o estudante no processo mental escolhido para desenvolver a atividade ou a produção, do que em propor o uso de um material em particular, um conceito artístico, um tema, uma técnica ou um projeto. Quando o professor usa essa abordagem, está enfatizando mais o processo do que o resultado final.

REPRODUÇÕES DE OBRAS DE ARTE

E OS PROCESSOS MENTAIS

O uso de reproduções de obras de arte em sala de aula oferece vantagens que “slides” e filmes não podem proporcionar. Cada reprodução pode ser observada por um largo espaço de tempo – com muita proximidade – e usada mais livremente. A menos que o equipamento audiovisual esteja sempre à disposição , o uso espontâneo desse equipamento para as aulas de história da arte e para análises estéticas é virtualmente impossível. Por essas razões as reproduções das obras de arte se tornam mais versáteis e mais duradouras na visão dos alunos do que filmes ou “slides”. Além de serem utilizadas para aulas de história da arte e de crítica de arte, as reproduções também podem ser usadas para desenvolver as capacidades de percepção visual básicas principalmente em alunos que apresentam dificuldades e que precisam se exercitar na decomposição, esquadrinhamento e rastreamento de imagens, em fazer a diferenciação figura-fundo e fechamento de imagens (Saunders, 1972, p. 90-91). Com a ajuda de professores para educação especial e psicólogos escolares, o professor primário e o professor de arte poderá selecionar reproduções apropriadas para trabalhar com trabalhos prescritivos com crianças que possuem esses tipos de dificuldades.

QUEBRA-CABEÇAS
E OS PROCESSOS MENTAIS

Os quebra-cabeças de reproduções de quadros proporcionam ricas oportunidades para o exercício da percepção visual e outros processos mentais como a acuidade visual, esquadrinhamento de imagens, memória visual, diferenciação figura-fundo, diferenciação de espaços positivos e negativos. Esses jogos requerem tanto análise quanto síntese visual. Um indivíduo trabalhando num quebra-cabeça desse tipo estará, por um lado selecionando e classificando as peças, seguindo a orientação de suas formas, e  por outro lado estará selecionando e classificando as peças a partir das cores e dos detalhes de suas superfícies. Para ambas usará o método de tentativa-e-erro.

Nas escolas elementares onde trabalhou, o autor se utilizava de caixas de madeira (compensado) onde eram montados os quebra-cabeças. Os temas desses jogos consistiam de reproduções selecionadas de pinturas famosas. As informações sobre a pintura eram fornecidas juntamente com as caixas. Depois de uma introdução inicial à obra, que também estava tão bem reproduzida na tampa da caixa quanto no quebra-cabeça, a classe começava a trabalhar. Essa atividade ajudava a revitalizar os processos de análise e síntese visual que estavam adormecidos, desde os primeiros anos primários, antes que as crianças tivessem começado a aprender a ler e a escrever.
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(*) Extraído de Relating Art and Humanities to the Classroom,  W.M. C. Brown Co., Iowa, 1977.
O presnte texto foi extraido de:
        AR’TE 10. ano III  n o 10, São Paulo :Max Limonad, 1984., pp.18-23
(*) Este texto é parte do Capítulo “Using Creative Mental Process in Planning Art and Humanities Programs”, do livro Relating Art and Humanities to the Classroom, de Robert J. Sauders. (Dubuque, WM.C. Brown Company Publishers, 1977.) Tradução : Silvia Macedo e D.T. Chiarelli.
(1)     Sidney J. Parnes and Harold F. Harding, eds., A Source Book For Creative Thinking (N.Y.: Charles Scribner’s Sons, 1962), pp. 12-13, 156-59).
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REFERÊNCIAS
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BEITTEL, Kenneth R.,  and BURKHART, Robert C.,  “Strategies of Spontaneous Divergent, and Academic Art Students”, Studies in Art Education 5, nº 1 (1963):20-41.
BURKHART, Robert C., Spontaneous and Deliberate Ways of Learning. Scranton. Pa.: International Textbook Co., 1962.
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A digitação do presente texto é de Mara FRANTZ  em 24.01.2002 
Este material possui uso restrito ao apoio do processo continuado de ensino-aprendizagem
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