sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

ESTUDOS de ARTE 007

O CENTENÁRIO  de
Aldo LOCATELLI.
(*18 de agosto de 1915 - + 03 de setembro de 1962)

Sob a aparência, estou tentado dizer sobre o disfarce, de um dos membros da raça humana, o indivíduo é de fato sozinho e único e no qual as características comuns a todos os indivíduos, tomados no conjunto, não possuem nenhuma relação com a explosão solitária de um indivíduo entregue a si mesmo.
DUCHAMP. Marcel O artista deve ir à universidade? in SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par Michel Sanouillet Paris: Flammarrion, 1991, pp. 236-239

Aldo LOCATELLI -  Duas Figuras 1961 - Óleo sobre tela 94 x 192 cm Acervo Pinacoteca Barão da santo Ângelo IA-UFRGS
Fig. 01 – Uma das últimas pinturas de Aldo Locatelli é índice e documento de um verdadeiro testamento de um personagem e de uma época que estão se preparando para mergulhar no caos primordial. O autor busca a essência no meio de suas dúvidas e indagações sobre a vida e arte.  Distribuição da tinta sobre uma superfície que ele  ocupa por meio de duas figuras humanas apenas esboçadas. Simplicidade  e parcos recursos que disfarçam um profundo conhecimento plástico e um amor a vida.

 Na presente postagem busca-se situar Aldo Locatelli no seu tempo de Brasil e os seus observadores. Não se trata de uma biografia, de uma análise estilística de sua obra e muito menos de mais um panegírico.  Sua biografia, suas obras e os eventuais depositários de sua obra são bem conhecidos e foram objetos de numerosas narrativas. Entre elas impõe-se a atenção e leitura das narrativas de Brambatti (2008), de Trevisan e Gomes (1998 ) e Zattera (1990) com o tema da biografia dr Aldo Locatelli e da sua  obra
O foco da presente postagem será a logística do seu estudo, de sua analise e o problema desta memória nos próximos séculos. Trabalha-se na perspectiva das expressões de autonomia no campo das artes visuais em Porto Alegre e com a janela logística do abrigo institucional. Expressões da autonomia que são constantes na obra, no pensamento e na vida do artista. Expressões que custaram caro ao muralista.  Espera-se que o centenário de nascimento de Aldo Locatelli não seja uma pedra sobre a memória destas expressões de autonomia, um evento de um segundo enterro de luxo ou um monumento formal e hermético para os pósteros.
O tema do presente estudo pauta-se pelo TEMPO (ZEITGEIST) de Aldo Locatelli no Brasil (WELTGEIST) e do seu público (VOLKSGEIST) e a logística para uma narrativa relativa a sua pessoa, a sua obra e ao seu pensamento.
 Logística que enfrenta o problema de que sua obra, sua pessoa e o seu pensamento até o presente não geraram uma instituição, uma fundação e um ambiente de cultivo específico exclusivo. Ambiente institucional no qual profissionais qualificados  se dediquem em tempo integral a estudar, sistematizar e trazer ao público contemporâneo e aquele do porvir a memória deste material físico e simbólico. Sem estes profissionais de tempo integral, sem uma mantenedora com estatuto e fontes técnicas, científicas e econômicas seria mais uma tentativa vã, alienante e dispersiva entre os mais de 3.000 mil museus do Brasil. No fim uma instituição desta natureza não passaria de mais uma lápide com uma bela, emocionante e entusiástica epigrafe. Documentos, obras do próprio artista e seu pensamento necessitam de profissionais de História, de Arquivologia e de Museologia. Estes profissionais necessitam serem amparados por meios técnicos, conceituais e econômicos capazes de estudar, atualizar e divulgar de uma forma constante e coerente com o mundo cultural vivo e em constante reelaboração.
Se a obra, a pessoa e o pensamento de Aldo Locatelli forem apenas objeto de mitificação, de propaganda e eventos de marketing pessoal ou ao contrário de naturalização só atrapalham e aceleram o funeral definitivo e não ajudam em nada. Mitificação, propaganda e eventos atrapalham o necessário salto de qualidade para o mundo do pensamento, de uma construção simbólica coerente com um projeto civilizatório. Mitificação ou naturalização que oferecem seus flancos para os ataques da entropia, do desgaste e constroem o túmulo definitivo a ser olvidado pelas novas gerações e para aqueles que não pertencem ao que se pretende mitificar ou naturalizar. Mitificação, propaganda e eventos atrapalham uma visita atenta e atenciosa para o pensamento, a obra e memória de Aldo Locatelli.
Fig. 02 – O  tema aversivo do “Ébrio” na obra de Aldo Locatelli que expõe o lado oposto dos temas da mitificação pelas quais era contratado. Esta obra intimista e trágica  foi retirado do olhar público da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Como obra intimista e pessoal - não destinado ao mercado de  arte - revela as profundas frustações e desesperos da criatura humana entregue a si mesma. O tema aversivo disfarça um profundo conhecimento plástico e um amor a vida mesmo neste ponto de degradação e miséria humana. Não deixa de ser pintura,  devido a. distribuição da tinta sobre uma superfície. Os centros deslocados a favor da  PROPORÇÃO ÁUREA criam tensão plástica subliminar necessário ao tema. .A  figura humana  ocupa a linha áurea do lado esquerdo do quadro enquanto a mão está sobre um dos pontos da sua média e extrema razão . Na cultura brasileira responde ao filme e a canção do “Ébrio” de Vicente Celestino., .

As análises narrativas orais, escritas ou visuais - realizadas na ausência de profissionais qualificados e específicos -  comprometem, de fato, o pensamento, as obras e a memória de Aldo Locatelli tanto para a cultura local interna como aquela que se quer mostrar ao mundo externo. Narrativas que formam um lúgubre cortejo fúnebre definitivo e irreversível do pensamento, da obra e da memória de Aldo Locatelli.
O estudo e a percepção do TEMPO (ZEITGEIST) de Aldo Locatelli no Brasil estão balizados entre o ano de 1946 da redemocratização ESTADO NOVO e ano de 1964 do GOLPE. Tempo brasileiro cuja expressão maior e mais evidente foi o governo (1956-1961) de Juscelino Kubitschek com a mudança da capital para Brasília. No Rio Grande do Sul o governo (1959-1963) de Leonel Brizola marcou este dinamismo e vontade de mudança que atingiu sua culminância política com o movimento da Legalidade (1961). Na Universidade Federal a legendária administração reitoral (1952-1964) de Eliseu Paglioli (1889-1985) para quem Locatelli pintou, em 1958,  o mural que preside, até os dias atuais,  as sessões Conselho máximo desta Universidade.
Fig. 03 – O reitor Eliseu Paglioli acompanhou pessoalmente a execução desta obra no atelier do artista situado na Rua Dario Pederneiras Nº 513, de Porto Alegre. Ele aparece de pé no lado esquerdo de quem olha o quadro. Sentado ao centro esta Manuel André da Rocha primeiro Reitor da URGS e vice presidente do IBA-RS.  O próprio artista se representou, de pé, no grupo central e com a cor de terra O médico Olinto de Oliveira, fundador do IBA- RS esta de pé neste grupo e portando as vestes talares e barrete de sua titulação doutoral.  A obra é testemunho das interações acadêmicas do ano de 1958 quando o IBA-RS estava fora da URGS. Esta expressão de autonomia e a compreensão da Universidade desta condição do campo de forças da arte valorizam o momento e exaltam o PROJETO  CIVILIZATÓRIO COMPENSADOR desenvolvido em ambas as Instituições.

O mestre tinha urgência, percebia e  expressava otimismo no que outros enxergavam como obstáculos intransponíveis. Assim era incisivo na sua tese que não teve tempo de vida para defender publicamente. Locatelli urgia, neste esboço de 1962, para que os artistas sul-rio-grandenses  assumissem um pensamento de autonomia estética, intelectual e agir prático:
“Assim é, consequentemente, neste clima que o Brasil, o nosso mesmo Rio Grande do Sul tão pródigo em vocações artísticas, vivem internacionalmente no mesmo valor de Paris, Roma, Tóquio, Nova York e de Moscou. Estamos errados se pensamos que os centros de maior tradição e movimento artístico devem ser os nossos guias, absorvendo-nos com teorias resultantes de ambientes bem diferentes e preocupados de não repetir-se nos exemplos de uma grande tradição. Ao contrário, nós vivemos no princípio da nossa formação de civilização e devemos tentar expressá-la nos nossos próprios valores”.
Ao mesmo tempo não perdia a ocasião para alertar em relação a qualquer sentimento menor ou a espera por alguém ao qual devia se submeter e viver na sua sombra e numa heteronomia servil.
Aldo Locatelli cultivava a sua autonomia da mesma forma do que os mestres italianos viviam profissionalmente do seu ofício por meio de contratos profissionais. Autonomia expressa no pertencimento a entidades nas quais era reconhecido e admirado pelo seu trabalho e dedicação de tempo integral. As instituições nas quais eventualmente lecionava aproveitavam mais do seu currículo do que as parcas retribuições e garantias que ofereciam ao seu professor.  No próprio IBA-RS não ia muito longe a memória de que os próprios diretores não importunaram mestres como Pedro Weingärtner, envergonhados das parcas retribuições salariais e as garantias profissionais que estas escola podia oferecer a este potencial professor
http://www.emiliosessa.com.br/ci/arquivos/mostra_foto/40 Obra executada por Locatelli, Emílio Sessa e Attílio Pison.
Foto de Luís Eduardo Achuttii
Fig. 04 – Uma das primeiras obras de Aldo Locatelli em Porto Alegre exalta um WELTGEIST posterior a guerra cuja tecnologia estava sendo sublimado para a paz e bem estar humano O autor  cercou-se de um verdadeira missão artística para continuar o grupo de muralistas com os quais havia trabalhado na Itália.

O estudo do WELTGEIST deste período está no contexto da Guerra Fria. Guerra Fria que não só se expressou numa corrida armamentistas de grandes projeções,  mas numa guerra de ideias, de ideologias maniqueístas   e de circulações cada vez mais avançadas e eficazes. Se de um lado o WELTGEIST deste período abria portas e janelas em todas as direções, estas mesmas portas traziam e impunham mesquinharias, regionalismos economicamente triunfantes e arcaísmos de toda ordem. Uma cultura brasileira- na qual 0,019% da sua população estava frequentando universidades – dificilmente tinha uma massa crítica para fazer frente a este tsunami de projeções alheias caducas e ainda carregadas com as mais profundas motivações colonialistas. Aldo Locatelli percebeu a temeridade desta abertura para uma cultura parada no tempo ao escrever que:
“Compreendemos que a noção em Arte está em crise, é o resultado sempre mais fácil da difusão das culturas e das civilizações. Também a expressão da coletividade moderna, nós a sentimos viva e emocionante no mundo, no próprio país só se reflete. Gentes e homens, elementos expressivos gerados das secretas dificuldades da vida, dos eventos heroicos para os quais o anônimo se imola para o cumprimento de um dever cívico ou para defesa de um princípio espiritual que inspirará os artistas de muitas épocas e de nacionalidades diferentes, hoje fazem parte de uma civilização cujas premissas e esperanças abraçam todo o mundo”.
As próprias universidades entravam na rota deste projeto de heteronomia do mais forte e competente aceitando, ruminado e se alimentando de produtos de civilizações caducas e em franca entropia.
Fig. 05 – Um dos projetos de Aldo Locatelli cujo tema sofreu violenta intervenção de quem o encomendou devido a imagem  massiva de “marginais e sofredores” num tema sacro. Uma das suas últimas obras em Porto Alegre cuja execução definitiva o pintor não conclui desmotivado por esta falta de autonomia na sua arte. O motivo da censura foi que o seu  projeto exaltava um VOLKSGEIST que prenunciava e motivava os severos controles sociais, simbólicos e econômicos que se seguiram ao golpe de 1964 . O autor foi vitima de um expurgo indireto no momento em que o seu cargo de professor na UFRGS foi declarado vago devido à  morte precoce do candidato e sem a defesa pública de sua tese.

  O público e o repertório comum (VOLKSGEIST) na obra de Locatelli eram, além do religioso, aqueles das instituições públicas estatais e privadas.  No período de 1946 até 1964, o público brasileiro estava descobrindo horizontes  para além dos estreitos limites do controle que, antes,  o ESTADO NOVO (1937-1945) havia imposto com a proibição dos símbolos regionais e a queima das bandeiras dos Estados Regionais brasileiros. Neste movimento ganharam impulso as manifestações do saber e cultura local. Este se materializou e criou corpo nos Centros de Tradições Gaúchas. As obras de João SIMÕES LOPES NETO (1865-1916), de João CEZIBRA JAQUES (1848-1922) e de Alfredo FERREIRA RODRIGUES (1865-1942) foram visitadas. O mundo empírico - vindo das expressões populares sul-rio-grandenses - ganhava reforços mais recentes em Manuelito de ORNELLAS (1903-1969) e de Dante Laytano (1908-2000). Laytano estava trazendo os reforços internacionais da UNESCO. Tentava superar as contradições e tornar complementares com aquilo que estava sendo naturalizado e atropelado pelos valores imaginados por meio do “TIPO” único e hegemônico no Rio Grande do Sul. Tipo  expresso na obra do escultor  Antônio CARINGI (1905-1981)[1] e do próprio ORNELLAS o representante máximo do DIP no ESTADO NOVO.
Foto de Luís Eduardo Achuttii
Fig. 06 – Aldo Locatelli criou uma síntese de etnias, rostos, condições técnicas e de vestimentas nesta pintura cujo tema se inspira nos primórdios de Porto Alegre. Convergência de nobres e de plebeus brancos, índios e africanos é índice e é documento de uma época (1960) onde este tema do VOLKSGEIST estava ganhando contornos políticos, econômicos e sociais. Os seus estudantes inscreverem o seu autor como “UM DOS SEUS AMIGOS”..  A força e o poder provenientes de baixo desta base em direção ao vértice foram violentamente interrompidos e invertidos com o golpe de 1964, ano no qual o nome do artista foi excluído da lista dos docentes da UFRGS apesar de ter falecido em 1962..

Como erudito Aldo Locatelli, no sentido em que Marcel Duchamp apregoava na época nos Estados Unidos, trabalhava para livrar-se da heteronomia que o ESTADO FASCISTA ITALIANO lhe havia imposto a sua formação e as penosas  experiências militares. O espírito de busca de liberdade do Pós Guerra, tanto na sua pátria natal  como na adotiva, sublimava, o mais rápido possível, os resultados deste intervencionismo estatal em todas as esferas.
Esta autonomia exercida num pais com fortes traços coloniais e com a escravidão - passiva como a ativa – comprometiam uma obra tanto de quem a recebia como de quem encomendava.
Aldo cercou-se de companheiros experientes para se contrapuser e suportar estas pressões indevidas e desproporcionais para um indivíduo isolado. O historiador Doberstein está se cercando de profissionais da História e animando  o Instituto Cultural Emílio Sessa (1913-1990) e publicando ( 2012) os resultados destas buscas. Junto com o companheiro Attilio Pisoni formavam uma espécie de Missão Artística Italiana no Rio Grande do Sul. 
Fig. 07 – O ódio, a discriminação e a exploração do trabalho  alheio são temas recorrentes nesta série de quadros que compõe uma autêntica Via Sacra do Negrinho do Pastoreio.  Nesta obra o artista  busca o essencial no meio de suas dúvidas e indagações sobre a vida e sobre arte.  Cria uma obra que disfarça o seu profundo conhecimento plástico e o seu  amor a vida. Como pintor distribui a tinta sobre uma superfície na qual ele  ocupa o essencial  por meio de suas figuras humanas apenas esboçadas

A obra de Locatelli celebra esta liberdade e a contrasta com os efeitos da opressão estatal, ideológica e econômica. Na sua obra não pinta temas da guerra e de batalhas, mas as suas consequências da intolerância de toda ordem. Numa obra didática - e facilmente legível pelo seu público - exalta a união, o triunfo da civilização distante dos meios opressivos. Para se comunicar com seu público buscava uma temática do repertório comum (VOLKSGEIST). Ele escreveu na sua tese:
“O artista deverá encontrar no mundo estético a verídica força de expressão; mas a temática, a ideia, o assunto, nunca poderão influir negativamente na criação e sim como elemento positivo, porque leva o observador a entender a transfiguração da forma natural em favor dos valores plásticos que determinam a mensagem estética”. 
Fig. 08 – A glória e o reconhecimento das vítimas ocupam uma das salas nobres do Palácio Piratini.  Esta obra de Aldo Locatelli pode ser entendida como uma  gloriosa culminância  da Via Sacra dos padecimentos, das frustrações e da morte do Negrinho do Pastoreio. Para tanto concorre a figueira ancestral, os ritos dos despachos das religiões afro-brasileiras e a força d o tropel das cavalhadas de todos os tempos repercutem e animam esta culminância plástica colocada no centro do poder do Estado do Rio Grande do Sul. 

 Os meios materiais deste artista não passam da tinta sobre a parede na longa tradição pictórica de sua pátria de origem. Tragicamente foi vítima das tintas como também foi Cândido Portinari.
A maior recompensa para este artista, vitimado pelo seu amor a arte, é que seus observadores, estudiosos e divulgadores alimentem e renovem as bases logísticas do estudo da analise e da divulgação  da sua memória. Bases logísticas  para tornar fecundo e renovadora  o pensamento, as obras e a memória de Aldo Locatelli para os próximos séculos. A fortuna de uma frágil obra de arte depende da sua competência para ser portadora dos problemas, das dúvidas e dos projetos de um ser humano condicionado pelo seu TEMPO, pelo seu LUGAR e pelo seu POVO.


FONTES BIBLIOGRÀFICAS
ARTISTAS PROFESSORES da UFRGS - obras do acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. Porto   Alegre : Ed. UFRGS,  2002. 127 p.

BRAMBATTI, Luiz Ernesto. Locatelli em Caxias – Porto Alegre : Metrópole, 2003   96 p.
----------------- Locatelli no Brasil . Caxias do Sul-RS : Belas Letras, 2008, 240 p. ISBN 978-85-60174-29-4

DOBERSTEIN, Arnoldo Walter.  Emilio Sessa, Pintor, Primeiros tempos. Porto Alegre; Gastal&Gastal, 2012 160 p. ISBN 978-85-64916-01-2

DUCHAMP. Marcel O artista deve ir à universidade?[1] in SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par Michel Sanouillet Paris: Flammarrion, 1991, pp. 236-239

GOMES Paulo et TREVISAN. Armindo O mago das cores: Aldo Locatelli. Porto Alegre : Marpon et CEEE,
         1998c   144 p  Il. Color.

LAGEMANN Eugênio et  BONI Flávia – Palácio Piratini -  Porto Alegre : IEL, 2010, 144 p. il, col

LOCATELLI, Aldo  MURAL” ANÁLISE – CONSIDERAÇÕES, MÉTODO E PENSAMENTOS (Tese de concurso para o provimento efetivo da cadeira de composição decorativa dos cursos de pintura e escultura do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul – Porto Alegre, 1962) in CORREIO DO POVO, Caderno de Sábado. Volume X, ano V, nº 232, 22. Jul. 1972
ROSA, Renato et PRESSER, Décio.  Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do 
       Sul. (2a ed) Porto Alegre : Editora da Universidade/ UFRGS, 2000,  527 p.

SIMON, Círio. ORIGENS   DO   INSTITUTO   DE  ARTES  DA  UFRGS: etapas entre   1908-1962  e 
          contribuições na constituição de expressões de autonomia no sistema de artes visuais do Rio Grande do Sul. Porto Alegre : PUCRS: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Tese 2002. 561 f.

TREVISAN, Armindo.  «O Instituto de Artes da UFRGS». Veritas.: Porto Alegre, PUCRS Vol. 39, nº 156, pp.
        687-696 dez. 1994.

ZATTERA, Vera Beatriz Stedile . . Aldo Locatelli. Porto Alegre : Palotti, 1990, 184 p. il. Color


Fig. 09 – O ano de 2015 rememora o centenário de nascimento de Aldo Locatelli torna-se ocasião da consagração municipal.  Reconhecimento de Porto Alegre pela obra, pela dedicação e pela vida deste mestre que escolheu a capital do Rio Grande do Sul como base de sua produção artística. O decreto nº 18.919 do dia 18 de janeiro de 2015 publicado no Diário Oficial  do Município de Porto Alegre- Ano XIX edição nº 4.940 – quinta feira - dia 05 de fevereiro de 2015 reconhece e  oficializa este reconhecimento.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
2015 – Ano de Aldo LOCATELLI em PORTO ALEGRE

ARTE e FOLCLORE.
Eliseu PAGLIOLI

GOVERNO JUSCELINO KUBITSCHK

GOVERNO LEONAL BRIZOLA do Rio Grande do Sul

IGREJA São PEREGRINO e EMÌLIO SESSA

João CEZIMBRA JAQUES (1848-1922)

João SIMÔES LOPES NETO (1865-1916)

NEGRINHO do PASTOREIO – murais da Aldo Locatelli no Palácio Piratini

PROPORÇÃO ÁUREA de um QUADRO

SÃO PEREGRINO Caxias do Sul

SIMON, Cirio  - Origens do Instituto de Artes da UFRGS: etapas entre 1908-1962 e contribuições nas constituição de expressões de autonomia dos sistema de artes visuais no Rio Grande do Sul Porto Alegre : Orientação KERN, Maria Lúcia Bastos .PUC - RS, 2003—570 p..- Disponível em
DOMÍNIO PÚBLICO


VÍDEOS
LOCATELLI, Aldo Danielle (1915-1962) centenário em 18.ago.2015 

Aldo Locatelli - Igreja São Peregrino - Círio Simon
https://www.youtube.com/watch?v=oIMaRZ-7wqI&feature=youtu.be
1960 Inauguração da Via Sacra Caxias do Sul
Itajai - SC
Palácio Piratini
 Zero Hora

INSTITUIÇÕES com  MEMÓRIA de ALDO LOCATELLI.

Acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo IA-UFRGS

ARQUIVO do INSTITUTO de ARTES da UFRGS

Catedral São Francisco de Paula Pelotas –RS

Instituto Cultural Emilio Sessa

Igreja São Peregrino Caxias do Sul - RS

Museu de Arte do Rio Grande do Sul e Aldo Locatelli

PINACOTECAS ALDO LOCATELLI e RUBEN BERTA

PINACOTECA APLUB- Porto Alegre - RS

SALA de ARTE de JORGE KARAM – Porto Alegre - RS


Relação de LOCATELLI com o IA- UFRGS: O CTA-IBA faz  tratativas entre 22.12.1950 até 10.02.1951 para trazer Locatelli para o Instituto. Locatelli responde em correspondência de 20.02.1951 aceitando o convite para lecionar Arte Decorativa. Irá ocupar interinamente  a cadeira de José Lutzenberger que está doente e falece em 02.08.1951 Locatelli responde de Pelotas (rua Benjamin Constant, 412) e irá receber Cr$ 8.400,00 mensais
       Em 31.05.1952 o IBA pelo oficio nº 484/52, solicita que Locatelli se naturalize.
       Em 24.09.1954 recebe o atestado nº 15.240 da 3º categoria militar
       Em 29.09.1954 é publicado no DO a naturalização de Locatelli
       Em 03.11.1955 é autorizado a ocupar o cargo interino de professor catedrático padrão O da cadeira de Arte Decorativa no Curso de Artes Plásticas.  (publicado no DO de 07.11.1955)
       No dia 22.11.1955 Locatelli toma posse do cargo
       No mês de fevereiro de 1958 pinta o painel do 8º andar do Instituto de Artes
       1960-1961 Escreve a tese  «Mural – Análise, considerações, método e pensamento»   
       Em 31.07.1962 escreve para um amigo de POA sobre o estado precário de sua saúde
       Em 23.08.1962 pede licença para tratamento de saúde para A Diretora Aurora Desidério
       Em 27.08.1962 recebe licença de trinta dias da 7ª delegacia Federal de Saúde
                              Leciona até o meio dia deste dia e promete ir  ao médico
       Em 03.09.1962 falece
       Em 23.09.1964 é exonerado do Instituto e da Universidade pelo Diário Oficial de
Fontes do Arquivo do IA: pasta nominal de Aldo Locatelli.



[1][1] - Texto de uma alocução em inglês pronunciada por Marcel Duchamp, num colóquio organizado em Hofstra em 13 de maio de 1960.   Consta em SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par.. Paris Flammarrion, 1991, pp. 236-239
                   

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Referências para Círio SIMON








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