quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

079 – ISTO é ARTE


O INSTITUTO de BELAS ARTES do RIO GRANDE do SUL: ARQUITETURA e URBANISMO.

Nada é transmissível a não ser o pensamento
Le Corbusier[1] in Boesiger, 1970, p.168.


[1]   BOESIGER, Willy .  Le Corbusier Les Derniers  œuvres  Zurich : Artemis, œuvres complètes 1970, , v.8,  208 p
.


Imagens do Curso de GRANDES COMPOSIÇÕES que ocorreu em julho de 1948. Origem da foto: Arquivo do IA-UFRGS.
Fig. 01 – Arquitetos e urbanistas reunidos no bar do IBA-RS em julho de 1948. No pensamento aristotélico “a ARTE ESTA em QUEM a PRODUZ” Assim esta foto de julho de1948 reúne alguns criadores do pensamento arquitetônico ativos no Rio Grande do Sul, nesta época.

No registro e na análise do pensamento que permanece da Arquitetura e do Urbanismo em relação ao que foi construído, de fato, do Rio Grande do Sul é necessária muita atenção. De um lado é necessário contornar a frequentes mitificações como os recorrentes “estilos ecléticos” tão comuns nos discursos e nas narrativas da História da Arquitetura de Porto Alegre. Do outro é necessário desconfiar do reducionismo estilístico, desqualificações e naturalizações intempestivas.  Busca-se aqui as origens do pensamento na Arquitetura e no Urbanismo e alguns registros de suas expressões práticas em função do seu tempo, do seu lugar e do seu povo. No registro de suas expressões práticas evitam-se os antolhos das estreitas e cansativas mentalidades estéticas, políticas e ideológicas. Estas poderiam exibir argumentos fixos e maniqueístas como do embalsamento do acervo arquitetônico e urbanístico do Rio Grande do Sul em uma ou outra forma preconcebida e preconceituosa de marketing e de propaganda de meias verdades.


Fig. 02 – Na etimologia da palavra escola é  o “lugar do ócio”. Ócio conquistado e concedido à favor da concepção e ao desenvolvimento do pensamento. A formação escolar do Arquiteto no IBA-RS era de cinco anos. No caso do Urbanismo havia ma\ais dois anos a serem cursados
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Delimita-se aqui a origem e algumas materializações nas expressões do  pensamento  na Arquitetura e no Urbanismo no projeto do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul (IBA-RS). Este foi concebido e colocado no  mundo, em 1908. Este projeto tinha por núcleo o pensamento que ele seria constituído por meio das doações e liberalidades daqueles que de fato gostavam das Artes. Pelos estatutos[1] desta instituição coube à sua ESCOLA de ARTES entre as suas competências, liberalidades e limites a tarefa do ensino da “pintura, a escultura, arquitetura e as artes de aplicação industrial. É forçoso reconhecer que as condições práticas só foram atingidas pelo IBA-RS na década de 1940-1950. Esta plenitude também declinou rapidamente.


[1] ESTES ESTATUTOS FORAM PUBLICADOS NO JORNAL OFFICIAL « A FEDERAÇÃO», A 22 DE AGOSTO DE 1908 E DADOS À INSCRIPÇÃO NO REGISTRO GERAL DE HYPOTHECAS, A 28 DO MESMO MEZ E ANNO, TENDO SIDO LANÇADOS SOB Nº 90 A FLS. 25 DO RESPECTIVO LIVRO.


Fig. 03 –  O Curso de Urbanismo do IBA-RS era oferecido aos estudantes que haviam cursado os 5 anos de do Curso Superior de Arquitetura ou de Engenharia. Na Escola de Engenharia da URGS o curso de Arquitetura era oferecido em 2 anos como especialização sendo estes estudantes diplomados como ENGENHEIROS ARQUITETOS.
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O observador necessita ter meios para buscar, com autonomia e vigor, o pensamento e a mentalidade provenientes do campo da Arquitetura. Especialmente num  lugar, num tempo e numa cultura sujeita as intempéries e as vicissitudes provocadas por  intrigas conceituais, estéticas ou econômicas sem medida ou autonomia. Autonomia e energia que ainda carece qualquer pensamento embrionário  e sem um projeto definido e evidente para todos.

Arquivo do Templo Positivista de Porto Alegre
Fig. 04 – O  projeto para as Balneário de Irai foi conduzido  pelo arquiteto Ernani Dias Corrêa (1900-1982). Ele viajou pelos balneários europeus para colher dados. Colega de turma Lúcio Costa e de Atílio Corrêa  na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA). A sua formação de Arquiteto  incluía a de Engenharia. No Rio Grande do Sul trabalhou na urbanização de Arroio do Meio, Irai e Vila Floresta de Porto Alegre. Catedrático no IBA-RS, Escola de Engenharia e na Faculdade de Arquitetura da URGS. Primeiro presidente do IAB_RS.

O IBA-RS atingiu alguns índices destas condições práticas ao longo da II Guerra Mundial e logo  após ela. Neste período as  culturas hegemônicas tiveram outros problemas para os quais foram forçados a dirigir o seu pensamento, suas ações e os seus recursos.


Fig. 05 – O  Balneário de Irai foi inaugurado no dia 20 de setembro de 1935 no Centenário Farroupilha. A sua localização e de difícil acesso até o  presente também sofreu a decadência da concepção da busca da SAUDE NATURAL o que afetou a maioria deste tipo de balneário.

No Rio Grande do Sul os resultados não foram imediatos e evidentes para todos.  Mas é neste período que uma equipe de arquitetos se instituiu e trabalhou no IBA-RS. Equipe sob a orientação de experientes mestres na arte de projetar prédios e propor soluções urbanas criativas. Porém o mais importante é que esta equipe tratou de reproduzir as competências numa nova geração.

CORONA Fernando. Álbum do CURSO de ARQUITETURA do IBA-RS: Cadeira de MODELAGEM
Fig. 06 – Maquete produzida por um grupo de estudantes do Curso Superior de Arquitetura do IBA-RS e fotografada contra a paisagem urbana de Porto Alegre com a usina elétrica ao  fundo.  O atelier de Escultura do Professor e arquiteto Fernando Corona que lecionava as disciplinas de Modelagem e de Maquete. O trânsito entre três áreas erara natural e diária. Vinha se somar com o Mural Arquitetônico

Nesta reprodução tratou de garantir o fluxo do seu saber especifico. Este fluxo  da formação de Arquitetos e Urbanistas com  profundas vivências e mergulhos diários em todas as manifestações da Arte. Fluxo que evitava o absurdo de expor estas jovens e inexperientes mentalidades à uma verdadeira “indigestão universitária” ao currículo formal de saberes provenientes de 22 departamentos e sem um nexo interno. De outro lado correm o risco de serem submetidos a uma monocultura de um treinamento técnico e esterilizante da “perigosa e inútil” criatividade. Entre estes extremos a prática e a experimentação inerente às Artes Plásticas propicia aos novos arquitetos e urbanistas desde o primeiro momento da formação institucional, a natural contraposição a uma endogenia reforçada por um mundo livresco e teórico.  Se persistir o acúmulo de saberes desconexos e sem a pratica inerente às Artes,  o máximo que pode acontecer a um formando será reproduzir outra Faculdade de Arquitetura numa endogenia estéril e esterilizante.

CORONA Fernando. Álbum do CURSO de ARQUITETURA do IBA-RS: Cadeira de MODELAGEM
Fig. 07 – Um conjunto de maquetes do Curso Superior de Arquitetura do IBA-RS. As pranchetas foram dispostas em forma de quadras urbanas. Em cada maquete é perceptível o pensamento intensamente discutido em cada grupo. Este pensamento transparece na ocupação e np aproveitamento do espaço. Cada conjunto revela uma forma diversa, mas que  não compromete a circulação humana e do ar entre os prédios

O pensamento arquitetônico, criativo e coerente com os seu tempo e lugar, fluirá longe desta endogenia. Esta se multiplicará ao infinito por meio de receitas redutoras e formulários inócuos para rupturas epistêmicas consistentes e coerentes com os seu tempo e lugar. No contraditório o mundo da Arte pode-se corromper pela mesma endogenia reforçada por um mundo livresco e teórico. Porém como a  Arquitetura é a Arte que soma tanto as artes das superfície como as tridimensionais ela não só renova os ambientes tridimensionais, como impõe um experimentalismo com superfícies inovadoras e correntes com novas circunstâncias.


Imagens do Curso de GRANDES COMPOSIÇÕES que ocorreu em julho de 1948 Origem da foto: Arquivo do IA-UFRGS :
Fig. 08 – Nesta foto é visível ainda a confecção direta da circulação do pensamento entre estudantes e professores. Estes formam um verdadeiro colóquio internacional. O austríaco Steinhof dialoga com os uruguaios Cravotto e Arosteguy e o espanhol Corona. Este por sua vez presta atenção aos brasileiros como o poeta escritor Damasceno e o administrado Tasso Corrêa.  A circulação de ideias, a presença de estrangeiros auspiciam  um pensamento arquitetônico renovado.
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O cultivo do campo de forças da Arquitetura necessita remover muito entulho do seu caminho no RS para mostrar o seu potencial e garantir para as novas gerações a vigência plena das suas circunstâncias. Entulhos de um Neo academicismo que esconde a sua falta de pensamento atrás de brilhantes e ofuscantes fachadas de pele de vidro e de esquadrias de materiais brilhantes.  


Fig. 09 – Faltam pesquisas para evidenciar, estudar e fazer circular informações relativas às obras e pensamento de cada um destes personagens presentes nesta foto.  Entre eles possível projeto do austríaco Steinhof para Porto Alegre e circulação do seu pensamento entre estudantes e professores.  As vezes que este pensamento possui algo em comum com a rápida entropia e degradação dos prédios  modernistas .
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O que se quer evitar, por meio desta postagem, é ficar omisso de não alertar em relação à acelerada marcha a ré  rumo a este neo-academicismo da pior espécie. Neo-academicismo favorável aos mediadores, atravessadores e aqueles que buscam tutelar arquitetos e urbanistas e com isto esterilizam e colocam a  sua criatividade na heteronomia. Tutela na qual vivem de pequenos favores que os senhores neo feudais lhes jogam para manter a continuidade da servidão voluntária de arquitetos, de urbanistas e de artistas. Tutela alimentada pelo falso marketing e propaganda de produtos que de fato trazem embutido o processo de obsolescência programada. Produtos que já perderam a validade do seu pensamento quando foram descartados  nas culturas que se consideram hegemônicas. Porém nas culturas periféricas são requentados em sistemas que respondem pelas etiquetas e fixados pelos alfinetes classificatórios como os de “contemporâneos” e “pós-modernos”.


Fig. 10 – O primitivo Auditório Araújo Vianna era a céu aberto na Praça da Matriz de Porto Alegre. Na sua transferência para o Parque Farroupilha o arquiteto Maximiano Fayet realizou, no mesmo pensamento, este projeto original deste novo Auditório. Certamente não faltam auditórios cobertos apesar de Porto Alegre não possuir ainda seu Teatro Municipal. Inclusive na mesma praça localiza-se o Salão de Atos da UFRGS. Fayet formou-se  nos cursos superiores de Artes Plásticas e de Arquitetura do IBA-RS

Evidente que uma mente flanadora – por cima e por fora- magnetizada e colonizada por uma ideologia, alienígena, fixa associada a uma estética única e linear,  não percebe e nem interessa perceber um pensamento que emana de obras arquitetônicas que buscam o seu aqui e agora. Obras arquitetônicas que pagam o preço de se livrar de heteronomias incômodas e alienantes. Obras arquitetônicas de autores que pagam o preço por não se submeterem aos preceitos do mercado, do marketing e da propaganda.

Fonte BERNARDES Dalto - 2000
Fig. 11 – A verticalização de Porto Alegre contou com a firme participação dos estudantes formados no Curso Superior de Arquitetura do IBA-RS. Assim os prédios Jaguaribe e CRT  possuem a assinatura de Luís Fernando Corona um destes estudantes. Carlos Mancuso, outro destes estudantes do IBA-RS ocupou o lugar de um projeto para o Prédio do IPE recusado de Oscar Niemeyer.

A Engenharia não é infensa á Arte e á Arquitetura. Os engenheiros como Rudolf Ahrons (1869-1947) e o engenheiro Edmundo Gardolinski (1914-1974) demonstraram esta interação em Porto Alegre no passado.  Nesta interação virtuosa gravitou ao redor deles a mais alta criatividade. Cultivaram a circulação do pensamento proveniente das Artes, da Arquitetura e do autêntico Urbanismo. Ahrons gerou uma verdadeira época que muitos identificam com seu nome. Gardolinski administrou o plano das obras do IAPI ao longo da II Guerra Mundial. Esta vila operária continua em plena vida e vigência. As  relações de Garlonsnski com o IBA-RS eram continuadas e profundas.
Por este minúsculo índice das relações da Engenharia com a Arte no Rio Grande do Sul supõe-se  um imenso campo no qual seja possível localizar a origem e as aplicações práticas do pensamento a partir desta fonte. Um destes desafios será localizar,  estudar e divulgar  índices do  pensamento de Eugen Steinhof.


Fig. 12 – O projeto de Oscar Niemeyer recusado para o Prédio do IPE a ser construído na Av. Borges de Medeiros. Neste lugar ira ser erguido o Pavilhão que a população apelidou de ”Mata Borrão. Mais adiante este lugar foi ocupado pelo prédio da Caixa Econômica Estadual e atualmente “Tudo Fácil”.  

Os estudos da História da Arte e da Arquitetura são muito recentes e sem um acumulados de saberes muito  menos um suporte logístico confiável e disponível. Assim ainda é necessário mostrar que este fluxo das suas forças pertence a um passado e o que possível  é apenas a construção de narrativas que possui ele como objeto. Impossível retornar a este tempo como também fixar-se em desafios vencidos ou frustrados que não podem serem transpostos ao presente.


Fig. 13 – O arquiteto Joseph Seraph Lutzenberger mantinha uma produção plástica constante e complementar  à sua obra construída. Este bávaro radicado em Porto Alegre e com série de prédios com a sua assinatura pessoal, como este da FEDERASUL, contribui com o seu conhecimento e pensamento estético autônomo para a formação das primeiras turmas do Curso Superior específico de Arquitetura com a duração de cinco anos que o Rio Grande do Sul teve.  

A História não se repte a não ser como farsa ou como máscara para esconder a falta de pensamento próprio e vivo. Compete a quem se entrega ao cultivo do pensamento que emana da Arquitetura do passado não repetir ou duplicar este pensamento.

Pesquisa de Cícero ALVAREZ.
Fig. 13 – ESPAÇO: revista de Arquitetura Urbanismo e Arte. Porto Alegre:  Estudantes do IBA-RS - ano 2, nº 4. dez. 1949 - capa

ALGUMAS FONTES desta POSTAGEM
ALVAREZ, Cícero- FARICIO, Lídia Maria Oliveira – PEREIRA, Claudio CaloviUm palácio para a justiça: as sedes do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, 2013.296 p  ISBN 9788589676076
BERNARDES Dalto – Jaguaribe e Espanada  o  edifício de apartamentos modernista no paradigma habitacional em Porto Alegre. Porto Alegre: UFRGS- Fac. Arquitetura PROPAR 2000, 216 p.
BOESIGER, Willy .  Le Corbusier Les Derniers  œuvres  Zurich : Artemis, œuvres complètes 1970, , v.8,  208 p
CORONA Fernando. Álbum do CURSO de ARQUITETURA do IBA-RS: Cadeira de MODELAGEM. 21.09.1955  Documentário fotográfico de 1946 – 1947 – 1948 – 1949 – 1950 – 1951 + Viagem a Europa  1952  - Folhas de arquivo: 297 mm X  210 mm  como fotos coladas. Arquivo  do Instituto de Artes da UFRGS 
ESPAÇO: revista de Arquitetura Urbanismo e Arte. Porto Alegre:  Estudantes do IBA-RS – Direção de Carlos Fayet – Enilda Ribeiro – Nelson Souza- Jorge Brites Vives – Luis Fernando Corona - ano 2, nº 4. dez. 1949
FIORE, Renato Holmer. Arquitetura Moderna e Ensino de Arquitetura:  cursos em Porto Alegre de 1944-1954.  Porto Alegre:  PUC/ dissertação,  1992.  429 fls+ anexos.
RIOPARDENSE de MACEDO, Francisco.  «30o Aniversário do Ensino de Arquitetura no  Rio Grande do Sul : O Primeiro Curso de Arquitetura» série in Correio do Povo: Porto Alegre, Nov. dez 1974. Em especial os artigos de  10.11. 1974,  p.27 e dia 17.11.1974.

SZEKUT Alessandra RamboVertentes da modernidade  no Rio Grande do Sul:  a obra de Luís Fernando Corona. Porto Alegre: UFRGS- Fac. Arquitetura PROPAR 2008, 349 p.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS.
AHRONS, Rudolf (1869-1947)

Arquitetura em Porto Alegrevisão geral
Arquitetura moderna em POA-RS

Auditório  Araújo Viana original


CRAVOTTO Maurício (1893-1962)

DEMÉTRIO RIBEIRO

Edifício IPE Oscar Niemeyer em Porto Alegre

Edifícios JAGUARIBE e CRT – Porto Alegre

Edmundo GARDOLINSKI

Eugen Gustav STEINHOF (1880-1952)
FACULDADE de ARQUITETURA da URGS – Relatório 1951-1952

HOSPITAL de CLINICAS de PRTO ALEGRE

PRESIDENTES do IAB-RS

ORIGENS DO INSTITUTO de ARTES do RIO GRANDE do SUL
UBATUBA FARIA Luiz Arhur
http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1300886157_ARQUIVO_ArtigoAnpuh.pdf

VISUAL de PORTO ALEGRE

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